Economia

Kaplan, diretor do Fed, vê três altas dos juros nos EUA em 2017

Presidente do Fed de Dallas reiterou sua visão de que mais duas altas este ano são um cenário básico "razoável"

Federal Reserve: autoridade do BC americano afirmou que o Fed deve continuar a trabalhar para reduzir gradualmente seu portfólio (Kevin Lamarque/Reuters)

Federal Reserve: autoridade do BC americano afirmou que o Fed deve continuar a trabalhar para reduzir gradualmente seu portfólio (Kevin Lamarque/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 22 de março de 2017 às 08h42.

São Francisco - Com a força de trabalho dos Estados Unidos quase totalmente empregada e a inflação avançando para 2 por cento, o banco central norte-americano deveria elevar a taxa de juros mais duas vezes este ano e continuar a trabalhar para reduzir gradualmente seu portfólio, afirmou o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan.

Mas Kaplan foi cauteloso em enfatizar em entrevista à Reuters na terça-feira que não há pressa.

"Acho que estamos avançando na direção de um período em que devemos começar a permitir que o portfólio diminua gradualmente e pacientemente", disse Kaplan, membro votante este ano no Fed. "Mas acho que temos trabalho a fazer, provavelmente, para chegar a esse ponto."

Com "trabalho a fazer", Kaplan estava se referindo a mais altas de juros. Ele defendeu o aumento da taxa de juros na semana passada, apenas a terceira pelo Fed desde a crise financeira.

"Agora que fizemos isso, acho que temos o benefício de um pouco de tempo aqui para ver como a economia se desdobra", disse ele. "Planejo aproveitar isso para avaliar como a economia está avançando e estar preparado para fazer um julgamento antes das próximas reuniões."

Kaplan reiterou sua visão de que mais duas altas este ano são um cenário básico "razoável", desde que a ociosidade do mercado de trabalho continue a diminuir e a inflação permaneça subindo na direção da meta do Fed de 2 por cento.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemJuros

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética