Economia

Justiça do Trabalho é um problema para o Brasil, diz deputado

Para José Carlos Aleluia, "não há justiça", porque os juízes, promotores e procuradores do Trabalho sempre ficam do lado do trabalhador, nunca do empresário

Deputado: segundo José Carlos Aleluia, o a Justiça do Trabalho gera desemprego (Zeca Ribeiro/Agência Câmara)

Deputado: segundo José Carlos Aleluia, o a Justiça do Trabalho gera desemprego (Zeca Ribeiro/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de março de 2017 às 15h39.

Brasília - Aliado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) engrossou o coro contra a Justiça do Trabalho e afirmou nesta quinta-feira, 9, que as decisões das cortes trabalhistas são um "problema para o Brasil" e geram desemprego.

"Eu fico muito triste com a posição do Ministério do Trabalho. A Justiça do Trabalho hoje é um problema para o Brasil", disse o deputado, durante audiência pública realizada na comissão da Reforma Trabalhista.

Para o deputado, atualmente "não há justiça", porque os juízes, promotores e procuradores do Trabalho sempre ficam do lado do trabalhador, nunca do empresário.

Na quarta-feira, 8, Maia defendeu as mudanças na legislação trabalhista e, ao reclamar do excesso de regras para a relação entre patrão e empregado, sugeriu que a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir".

A comissão da Reforma Trabalhista ouve nesta quinta o procurador regional do Trabalho do Distrito Federal Cristiano Paixão , a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região Vólia Bomfim Cassar, o professor de Economia da USP José Pastore e o diretor-executivo de Assuntos Tributários, Relações Trabalhistas, Ação Política e Financiamentos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Hiroyuki Sato.

Críticas

Os dois integrantes da Justiça do Trabalho criticaram a proposta do governo. A desembargadora, por exemplo, se posicionou contra um dos pilares da reforma, a que estabelece prevalência dos acordos entre patrões e empregados sobre a legislação trabalhista.

Já Pastore defendeu que as mudanças não vão tirar os direitos garantidos pelas leis trabalhistas em vigor, mas vai flexibilizar algumas regras, consideradas por ele muito rígidas.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosDemocratas (DEM)JustiçaMinistério do Trabalho

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups