Economia

Juros seguirão em queda, mas com cautela, diz Dilma

"Vamos manter a trajetória de redução de juros de acordo com as condições econômicas do país" disse a presidente

A presidente Dilma Rousseff quer que os juros continuem caindo (Pedro Ladeira/AFP)

A presidente Dilma Rousseff quer que os juros continuem caindo (Pedro Ladeira/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 15h19.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff disse hoje que o governo pretende manter a trajetória de redução de juros, mas com muita cautela e responsabilidade. Dilma participou do Exame Fórum 2011, na capital paulista, e falou para uma plateia de empresários pautada pelo tema "A Construção de Um Brasil Competitivo".

A presidente ressaltou que o governo não vai baixar os juros básicos movido simplesmente pela reivindicação de agentes econômicos. "Vamos manter a trajetória de redução de juros de acordo com as condições econômicas do país", afirmou, reforçando que o governo tem tomado as medidas necessárias para enfrentar os reflexos da crise internacional e vem sendo beneficiado pelo cenário deflacionário causado pelo baixo crescimento das economias centrais.

Dilma citou medidas já adotadas pelo governo, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no mercado de derivativos e a redução da taxa Selic em 0,5 ponto porcentual no fim de agosto. "Sabemos que vamos enfrentar muitos desafios, mas temos instrumentos para zelar pela competitividade. Temos instrumentos para garantir o Brasil competitivo. Nós somos fortes para enfrentar os efeitos da crise", disse a presidente, antes de ressalvar: "Não vamos para o vale-tudo da competição de mercados que estão fora de controle, fora do país".

Dilma disse que o Brasil deve criar uma muralha para defender a economia nacional e conclamou os empresários e a sociedade civil a participar da construção desta proteção. "Isto não é um trabalho só do governo, é da sociedade civil como um todo", afirmou. "Não vamos fechar os olhos, pelo fato de não haver uma crise aqui dentro, para uma crise lá fora".

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