Economia

Juros estão abaixo da taxa neutra e mais aperto monetário será necessário, diz BCE

A entidade ressaltou, porém, que há incerteza quanto ao juro neutro, aquele que em tese não comprime nem estimula a economia

The headquarters of the European Central Bank (ECB) is pictured prior to the news conference of the bank's governing council following their meeting in Frankfurt am Main, western Germany, on September 8, 2022. - The European Central Bank announced the largest rate hike in its history, as runaway energy prices drove eurozone inflation to new heights. (Photo by Daniel ROLAND / AFP) (Photo by DANIEL ROLAND/AFP via Getty Images) (DANIEL ROLAND/Getty Images)

The headquarters of the European Central Bank (ECB) is pictured prior to the news conference of the bank's governing council following their meeting in Frankfurt am Main, western Germany, on September 8, 2022. - The European Central Bank announced the largest rate hike in its history, as runaway energy prices drove eurozone inflation to new heights. (Photo by Daniel ROLAND / AFP) (Photo by DANIEL ROLAND/AFP via Getty Images) (DANIEL ROLAND/Getty Images)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de outubro de 2022 às 10h15.

Última atualização em 6 de outubro de 2022 às 10h17.

O Banco Central Europeu (BCE) considera que os juros básicos na zona do euro ainda estão "bem abaixo da taxa neutra" e, por isso será necessário apertar mais a política monetária nas próximas reuniões do Comitê. As considerações foram divulgadas na ata do encontro que ocorreu entre os dias 7 e 8 de setembro, que marcou aumento de 75 pontos-base dos juros.

A entidade ressaltou, porém, que há incerteza quanto ao juro neutro, aquele que em tese não comprime nem estimula a economia. Segundo a ata, esta taxa é "discutível e difícil de mensurar em tempo real".

Ainda que espere mais aumentos de juros, o documento reforça a comunicação de que a alta de 0,75 ponto porcentual em setembro não será, necessariamente, repetida nas próximas reuniões. O BCE diz a ata, seguirá dependente de dados.

O BCE ainda disse não saber até quando terá de subir os custos de empréstimos no bloco monetário, cuja inflação tem batido recordes históricos, puxada pelo aumento nos preços de energia por conta da guerra na Ucrânia. "O nível final das taxas de juros para estabilizar inflação está sujeito a incertezas", considerou.

O conflito no Leste Europeu também tem enfraquecido a perspectiva de crescimento na zona do euro. O BCE, porém, não deve moderar o aperto monetário por conta disso, segundo a ata, já que a "desaceleração esperada" não seria suficiente para controlar os preços.

Quanto às expectativas inflacionárias, elas seguiam ancoradas na meta de 2% do BCE e o avanço dos salários seguia moderado, à época da reunião monetária de setembro. O economista-chefe Philip Lane, porém, ressaltou que as pressões nos preços devem seguir.

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