Economia

Juros e spread bancário caem em novembro pela 1º vez no ano

Redução foi observada após o Banco Central ter iniciado o atual ciclo de afrouxamento monetário, em meados de outubro

Em novembro, os juros médios caíram ligeiramente a 53,9 por cento ao ano no segmento de recursos livres (Marcos Santos/Agência USP)

Em novembro, os juros médios caíram ligeiramente a 53,9 por cento ao ano no segmento de recursos livres (Marcos Santos/Agência USP)

R

Reuters

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 11h41.

Brasília - A taxa média de juros e o spread bancário recuaram em novembro, pela primeira vez no ano, ao mesmo tempo em que a inadimplência também caiu a 5,8 por cento, após ter passado os três meses anteriores em 5,9 por cento, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira.

Em novembro, os juros médios caíram ligeiramente a 53,9 por cento ao ano no segmento de recursos livres --em que as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras--, contra patamar recorde de 54,0 por cento cravado em outubro.

A redução ocorreu após o BC ter iniciado o atual ciclo de afrouxamento monetário, em meados de outubro.

De lá para cá, reduziu a Selic por duas vezes, com cortes de 0,25 ponto percentual cada, para o atual patamar de 13,75 por cento.

O BC informou ainda que o spread bancário (diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final) foi a 41,8 pontos percentuais em novembro no segmento de recursos livres, ante recorde de 42,2 pontos em outubro.

Apesar do fraco cenário para financiamentos, marcado por cautela tanto por parte de bancos como dos consumidores em meio à profunda recessão económica, o estoque total de crédito no Brasil subiu 0,3 por cento em novembro sobre outubro, a 3,104 trilhões de reais, equivalente a 49,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). A última alta mensal havia ocorrido em maio.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraJurosSpread

Mais de Economia

Volta do horário de verão pode aumentar faturamento de bares e restaurantes em 15%, diz associação

Receita Federal abre programa para regularização de bens no Brasil e no exterior

Exclusivo: secretário da Prêmios e Apostas, Regis Dudena, é o entrevistado da EXAME desta sexta

China surpreende mercado e mantém juros inalterados