Economia

Juro do rotativo do cartão sobe em fevereiro, para 322,6% ao ano, diz BC

Juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 66,2% para 70,9%

Cartões: juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC (Joe Raedle/Getty Images)

Cartões: juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC (Joe Raedle/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2020 às 10h26.

O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito subiu 5,9 pontos porcentuais de janeiro para fevereiro, informou nesta sexta-feira, 27, o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 316,7% para 322,6% ao ano.

Os dados apresentados hoje pelo BC têm como referência o mês de fevereiro - quando os efeitos do novo coronavírus na economia brasileira estavam apenas começando. A tendência é de que os impactos da pandemia sobre o crédito comecem a ser verificados com maior clareza nas estatísticas a serem divulgadas no próximo mês.

O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 290,1% para 291,9% ao ano de janeiro para fevereiro. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.

Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 332,9% para 342,4% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 184,1% para 186,4% ao ano.

Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 66,2% para 70,9%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

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