Economia

Juro do cheque especial tem leve queda para 328,3% ao ano

A taxa estava em 328,6% ao ano em dezembro, e teve queda de 0,3 ponto percentual em janeiro

Juros: para o crédito pessoal, taxa permaneceu em 54,2% ao ano (Stock.xchng/ Afonso Lima/Reprodução)

Juros: para o crédito pessoal, taxa permaneceu em 54,2% ao ano (Stock.xchng/ Afonso Lima/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 13h29.

Brasília - A taxa média de juros no crédito livre subiu de 51,6% ao ano em dezembro para 52,8% ao ano em janeiro, informou nesta quinta-feira, 23, o Banco Central. Em janeiro de 2016, essa taxa estava em 49,5% ao ano.

Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 71,7 para 72,7% ao ano, de dezembro para janeiro, e para pessoa jurídica foi de 27,8% para 28,8% ao ano, no mesmo período.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa recuou de 328,6% para 328,3% ao ano na mesma comparação. Para o crédito pessoal, permaneceu em 54,2% ao ano.

Para veículos, os juros passaram de 25,7% ao ano para 26,2% ao ano, de dezembro para janeiro. Em janeiro de 2016, a taxa estava em 27,5%. Em 12 meses, a taxa apresenta queda de 1,3 ponto porcentual.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui as operações com recursos livres e direcionados (poupança e BNDES), acelerou de 32,0% ao ano em dezembro para 32,8% ao ano em janeiro. Em janeiro de 2016, estava em 31,3%.

Média diária

A média diária de concessões de crédito livre caiu 12,5% em janeiro ante dezembro, para R$ 10,9 bilhões, informou o Banco Central. No crédito direcionado, a média despencou 50,7% na comparação mensal, para R$ 900 milhões.

Em janeiro de 2016, foram concedidos, em média, R$ 11,5 bilhões no caso de recursos livres e R$ 1,0 bilhão no de direcionado. Em 12 meses encerrados em janeiro, a média diária caiu, respectivamente, 6,8% e 20,6%.

Quando se junta o crédito livre mais o direcionado, a contração das concessões médias foi de 17,3% em janeiro ante dezembro, num total de R$ 11,8 bilhões. A média diária em janeiro de 2016 era de R$ 12,5 bilhões. No acumulado de 12 meses até janeiro, o recuo é de 8,5%.

Spread bancário

O spread bancário médio no crédito livre subiu de 39,7 pontos porcentuais em dezembro para 41,7 pontos porcentuais em janeiro, informou o Banco Central. O spread médio da pessoa física no crédito livre passou de 59,5 para 61,2 pontos porcentuais na comparação mensal.

Para pessoa jurídica, o spread médio foi de 16,4 para 18,2 pontos porcentuais no período.

O spread médio do crédito direcionado passou de 3,7 pp em dezembro para 4,6 pp em janeiro.

Já o spread médio no crédito total (livre + direcionado) passou de 22,5 para 23,8 pontos porcentuais no período.

O BC informou também que a taxa de captação dos bancos no crédito livre passou de 11,9% em dezembro para 11,1% em janeiro. Em janeiro de 2016, estava em 15,2%.

Inadimplência

Segundo o BC, a taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 5,7% em janeiro, mesmo patamar observado em dezembro. Em janeiro de 2016, a taxa estava em 5,5%.

Para pessoa física, a taxa de inadimplência ficou em 6,0% em janeiro, mesmo patamar visto em dezembro e 6,2% em janeiro do ano passado. Para as empresas, ficou em 5,4%, ante 5,2% do mês anterior e 4,7% de um ano antes. A inadimplência do crédito direcionado permaneceu em 1,8%.

O dado que considera crédito livre mais direcionado mostra inadimplência de 3,7% em janeiro, mesmo patamar visto em dezembro. Um ano antes, a taxa estava em 3,5%. No cheque especial, o volume de calotes atingiu 16,2% em janeiro, ante 17,4% em dezembro.

No caso de aquisição de veículos, o volume de calotes atingiu 4,6% em janeiro, mesmo patamar visto em dezembro. Em janeiro do ano passado, estava em 4,3%. Já no cartão de crédito, o índice de calote ficou em 7,7%, mesmo patamar de dezembro e abaixo dos 8,4% de janeiro de 2016.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCheque especialIndicadores econômicos

Mais de Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 5,9 bi em junho; governo reduz projeção de saldo positivo

STF ajuda a fortalecer as instituições, diz Haddad sobre IOF

AGU diz que decisão de Moraes sobre IOF reafirma compromisso por separação de Poderes

Motta diz que decisão de Moraes mantendo IOF sem alta está em 'sintonia com a Câmara'