Economia

Jucá diz que é positivo a S&P não rebaixar a nota do Brasil

Para o peemedebista, a decisão da S&P é mais um aviso, uma leitura do mercado que precisa ser levado em conta


	Senador Romero Jucá: "cabe ao Executivo inverter o rumo dessa marcha que vai levar o País à bancarrota", disse Jucá, que é economista
 (Moreira Mariz/Agência Senado)

Senador Romero Jucá: "cabe ao Executivo inverter o rumo dessa marcha que vai levar o País à bancarrota", disse Jucá, que é economista (Moreira Mariz/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 16h45.

Brasília - O senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta terça-feira, 28, considerar um "fato positivo" a agência de classificação de risco Standard & Poor's não ter rebaixado diretamente a nota do Brasil.

Para o peemedebista, a decisão da S&P é mais um aviso, uma leitura do mercado que precisa ser levado em conta. Ele disse que é preciso que o governo proponha medidas estruturantes para estimular a economia do País.

"Cabe ao Executivo inverter o rumo dessa marcha que vai levar o País à bancarrota", disse Jucá, que é economista, foi relator do Orçamento de 2015 e tem sido um dos parlamentares com maior trânsito com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso.

A agência S&P alterou a perspectiva do rating BBB- do país de estável para negativa. A nota da agência representa apenas um degrau acima do grau especulativo.

O senador do PMDB classificou as medidas do ajuste fiscal propostas pelo governo até o momento de paliativas. Ele disse que o governo tem de propor medidas para reanimar a economia de médio prazos, atuar na contenção de gastos públicos e do custeio da máquina, conforme a cúpula peemedebista tem defendido.

Segundo Jucá, a decisão do governo, anunciada na semana passada, de contingenciar cerca de R$ 9 bilhões é mais um "detalhe, uma manobra marginal, no sentido de pequena". Para ele, o problema não é cortar, é fazer uma reestruturação da gestão pública. "Chegou a hora de racionalizar, não dá para gastar", cobrou.

O peemedebista disse que o Congresso - acusado por integrantes do governo de não ajudar no esforço fiscal - pode até propor algumas medidas para estimular a economia.

Ele defendeu que o Legislativo tome medidas para mudar a leitura externa e interna sobre a economia brasileira. Mas destacou que cabe ao Executivo induzir o processo de reativação econômica.

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