Economia

Japão tem série mais longa de crescimento desde a bolha de 1980

O crescimento do quarto trimestre foi impulsionado pelos gastos do consumidor

Economia no Japão: :avanço ficou levemente acima da mediana de estimativas para um crescimento de 0,4 por centofuncionária de loja segura notas de Iene (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Economia no Japão: :avanço ficou levemente acima da mediana de estimativas para um crescimento de 0,4 por centofuncionária de loja segura notas de Iene (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 08h54.

Tóquio - A economia do Japão registrou a mais longa expansão contínua desde a década de 1980 uma vez que o crescimento do quarto trimestre foi impulsionado pelos gastos do consumidor, deixando o plano de recuperação do primeiro-ministro Shinzo Abe um pouco mais perto de acabar com décadas de estagnação.

A longa série de crescimento é um sinal encorajador para o banco central do país, indicando que a economia pode finalmente estar ganhando força para levar os preços ao consumidor à meta de inflação de 2 por cento.

A economia expandiu a uma taxa anualizada de 0,5 por cento entre outubro e dezembro, menos do que a expectativa de 0,9 por cento, mostraram dados divulgados nesta quarta-feira pelo Escritório do Gabinete. Entre julho e dezembro, a economia expandiu 2,2 por cento, segundo dados revisados.

A economia do Japão cresceu 1,6 por cento em dados reais no ano calendário 2017, aumento mais rápido desde a expansão de 2 por cento em 2013.

Um período prolongado de crescimento pode levar a alguma especulação de que o Banco do Japão pode arcar com a redução do estímulo, mas economistas dizem que isso é improvável já que o iene está subindo e os preços ao consumidor no país continuam fracos.

Com isso a economia do Japão registrou a mais longa expansão contínua desde a série de 12 trimestres de crescimento vista entre abril-junho de 1986 e janeiro-março de 1989, ápice da notória bolha econômica do Japão.

"Os números são um pouco mais fracos do que o esperado, mas isso não é algo para se preocupar muito", disse Yoshiki Shinke, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Dai-ichi Life.

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