Economia

Japão rejeita acusações de Trump sobre desvalorização cambial

Primeiro-ministro, Shinzo Abe, defendeu o forte programa de estímulo do banco central do Japão

Shinzo Abe: "o afrouxamento monetário é uma política necessária para acelerar o crescimento econômico e os Estados Unidos estão fazendo a mesma coisa" (Toru Hanai/Reuters)

Shinzo Abe: "o afrouxamento monetário é uma política necessária para acelerar o crescimento econômico e os Estados Unidos estão fazendo a mesma coisa" (Toru Hanai/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 10h43.

Tóquio - Autoridades japonesas responderam nesta quarta-feira à acusação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de manipulação cambial, enfatizando que o Japão está cumprindo um acordo do G20 de evitar desvalorização competitiva.

O primeiro-ministro, Shinzo Abe, defendeu o forte programa de estímulo do banco central do Japão, afirmando que ele se destina a reavivar a economia e não a manipular a moeda.

"O afrouxamento monetário é uma política necessária para acelerar o crescimento econômico e os Estados Unidos estão fazendo a mesma coisa", disse Abe ao Parlamento nesta quarta-feira.

"Se a economia do Japão melhorar, isso não é uma coisa ruim para os Estados Unidos", disse ele, acrescentando que vai explicar esse ponto quando encontrar Trump na próxima semana.

O dólar estava na defensiva depois que Trump e seu conselheiro comercial, Peter Navarro, criticaram na terça-feira a China, a Alemanha e o Japão, dizendo que estavam desvalorizando suas moedas em detrimento dos Estados Unidos.

O principal porta-voz do governo disse a repórteres que "absolutamente não é o caso" de o Japão estar desvalorizando o iene para ganhar uma vantagem comercial injusta.

"O Japão está guiando a política em linha com acordos feitos pelos países do G7 e do G20. Não haverá mudança nessa postura", disse o secretário de Gabinete, Yoshihide Suga.

Acompanhe tudo sobre:DólarDonald TrumpEstados Unidos (EUA)IeneJapãoMoedasShinzo Abe

Mais de Economia

BID está trabalhando com o FMI em relação a empréstimo para a Argentina, diz Ilan Goldfajn

Demanda inicial de R$ 1,28 bilhão por novo consignado foi puxada por 'troca de dívida', diz Haddad

Caged: Brasil cria 431 mil vagas formais em fevereiro, maior número desde início da série histórica

Indústria da construção mantém pessimismo com a economia, apesar de alta no índice de atividade