Economia

Japão prepara subsídios a células de combustível

País se prepara para ajudar a Toyota e fornecedoras importantes a assumir a liderança no mercado de veículos com células de combustível movidos a hidrogênio


	Toyota: incentivos, de ao menos 20 mil dólares por veículo, seriam o maior apoio estatal até agora
 (Philippe Huguen/AFP)

Toyota: incentivos, de ao menos 20 mil dólares por veículo, seriam o maior apoio estatal até agora (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 14h39.

Tóquio - O Japão está preparando subsídios para ajudar a Toyota e fornecedoras importantes a assumir a liderança no mercado de veículos com células de combustível movidos a hidrogênio, que pode ultrapassar 400 milhões de dólares nos próximos anos se as previsões mais otimistas para a tecnologia se concretizarem.

Os planejados incentivos do primeiro ministro Shinzo Abe, de ao menos 20 mil dólares por veículo, seriam o maior apoio estatal para veículos movidos a hidrogênio até agora, elevando apostas numa tecnologia ainda sem provas de ser comercialmente viável e com raízes na corrida espacial, que a Toyota e outras veem como prováveis nas próximas décadas.

O programa financiado pelos contribuintes reduziria o custo do carro da Toyota movido a hidrogênio, que ainda será lançado, para cerca de 50 mil dólares no Japão, perto do custo de um pequeno sedan de luxo como o BMW série 3.

Abe anunciou o esboço do plano na semana passada e os detalhes ainda estão sendo finalizados.

A economia pode ser suficiente para tornar o veículo da Toyota acessível para motoristas de táxi e outras companhias com frotas de veículos dentro de uma certa distância dos 100 postos de abastecimento com hidrogênio que o Japão espera construir até março de 2015.

"Ainda é difícil tornar estes carros populares entre consumidores normais, mas o subsídio tem certos efeitos em companhias interessadas em se promover como verdes", disse Tomohide Kazama, consultor sênior do Nomura Research Institute.

Veículos com células de combustível, que rodam com a eletricidade geradas pelas células que combinam hidrogênio e oxigênio, têm estado em testes desde a década de 1960, quando a tecnologia também estava sendo desenvolvida pela Nasa.

Como os veículos emitem apenas água e calor, eles têm sido vistos como uma alternativa amigável ao ambiente ante carros movidos a motores de combustão.

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