Economia

Japão não atingir meta de inflação é aceitável, diz premiê

Colocação sugere que governo não tem disposição neste momento para pressionar a instituição a expandir seus estímulos monetário


	O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe: "quedas dos preços do petróleo são boas para a economia do Japão"
 (Kazuhiro Nogi/AFP)

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe: "quedas dos preços do petróleo são boas para a economia do Japão" (Kazuhiro Nogi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 08h18.

Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que é aceitável que o banco central do Japão não cumpra o prazo fixado pela própria autoridade monetária para atingir a meta de inflação, sugerindo que o governo não tem disposição neste momento para pressionar a instituição a expandir seus estímulos monetários.

A inflação ao consumidor praticamente parou, devido principalmente ao efeito do tombo dos preços do petróleo, mantendo a pressão sobre o Banco do Japão para fazer mais para cumprir sua promessa --feita em abril de 2013-- para acelerar a inflação a 2 por cento em cerca de dois anos.

Abe expressou confiança de que a economia do Japão continua em trajetória de recuperação sólida, acrescentando que com os preços do petróleo ainda caindo, não é possível ajudar o banco central a cumprir seu prazo de dois anos.

"Quedas dos preços do petróleo são boas para a economia do Japão. Aceitamos a explicação do banco central de que atingir sua meta de inflação (em dois anos) se tornou efetivamente difícil", disse o premiê ao Parlamento.

Abe também disse que o governo não vai intervir em decisões específicas de política monetária, pois tem "confiança total" na administração do presidente do banco central, Haruhiko Kuroda.

O Banco do Japão postergou na prática seu prazo original de dois anos e agora projeta que a inflação atingirá a meta de 2 por cento por volta de setembro do ano que vem --previsão que muitos analistas ainda acreditam ser ambiciosa demais, considerando os renovados declínios dos preços do petróleo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBanco CentralInflaçãoJapãoMercado financeiroPaíses ricos

Mais de Economia

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024