Economia

Japão elevará salário mínimo em 3% para impulsionar consumo

O governo também vai fortalecer as políticas para garantir mais mulheres na força de trabalho


	O premier do Japão, Shinzo Abe: "nós precisamos garantir o contínuo crescimento econômico sustentado no aumento dos salários"
 (Yoshikazu Tsuno/AFP)

O premier do Japão, Shinzo Abe: "nós precisamos garantir o contínuo crescimento econômico sustentado no aumento dos salários" (Yoshikazu Tsuno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 10h04.

Tóquio - O Japão vai elevar o salário mínimo em 3 por cento por ano a partir do próximo ano fiscal como parte de um pacote de políticas voltado ao fortalecimento dos gastos do consumidor e ao fomento do crescimento econômico.

O governo também vai fortalecer as políticas para garantir mais mulheres na força de trabalho e afrouxar as regulamentações para encorajar investimentos corporativos e dar nova vida à economia que tem lutado com uma demanda irregular.

As políticas também são um marco positivo para o banco central do Japão, já que podem movimentar o consumo privado e tornar mais fácil levar a inflação à sua meta de 2 por cento.

"Nós precisamos garantir o contínuo crescimento econômico sustentado no aumento dos salários, e o salário mínimo tem que ser incluído neste processo", disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe.

O aumento dos salários é uma tarefa urgente para as autoridades já que o governo busca elevar os gastos do consumidor, vistos como cruciais para impulsionar a demanda doméstica e tirar a economia de 15 anos de deflação.

A economia do país já caiu em recessão duas vezes desde que Abe assumiu o cargo no final de 2012, e seu governo está sob pressão para mostrar que é capaz de melhorar a economia.

A média nacional do salário mínimo do Japão era de 780 ienes (6,36 dólares) por hora no último ano fiscal. Assim, um aumento de 3 por cento ainda não vai ajudar a comprar mais do que um prato de macarrão --ilustrando a dificuldade que as autoridades têm para impulsionar o consumo.

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