Estima-se que, caso o BOJ mantenha a política de estímulo, a base monetária do Japão se eleve no final deste ano para 200 trilhões de ienes (1,53 trilhões de euros) (Yoshikazu Tsuno/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 07h00.
Tóquio - O Japão aumentou em junho sua base monetária em 36% até os 163,53 trilhões de ienes (1,26 trilhões de euros), atingindo seu recorde histórico pelo quarto mês consecutivo, informou nesta terça-feira o Banco do Japão (BOJ).
O balanço dos depósitos de contas correntes aumentou 114,5%, também em junho, para até 76,15 trilhões de ienes (585 bilhões de euros), devido à injeção de liquidez do BOJ no sistema bancário como parte de suas agressivas medidas de flexibilização.
O aumento segue a linha marcada pelo BOJ, que no princípio de abril implementou um novo programa de estímulo para ampliar a base monetária do país, através da compra de títulos da dívida pública e de ativos financeiros de maior risco.
Com o objetivo de acabar com 15 anos de deflação e o desafio de conseguir uma inflação sustentada de 2% nos próximos dois anos, o banco central japonês duplicará a base monetária em um ritmo anual de entre 60 e 70 trilhões de ienes (entre 460 e 537 bilhões de euros).
Estima-se que, caso o BOJ mantenha a política de estímulo, a base monetária do Japão se eleve no final deste ano para 200 trilhões de ienes (1,53 trilhões de euros) e em 2014 alcance 270 trilhões de ienes (2,07 trilhões de euros).
No final de abril, o BOJ aumentou suas previsões de crescimento, tanto do PIB real como da inflação até 2015 e, durante a última reunião de sua junta de política monetária, melhorou a avaliação da economia japonesa.
Neste sentido, segundo suas estimativas, o PIB japonês em 2013 deve crescer 2,9%, seis décimos a mais que na estimativa anterior, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subirá 0,7%, três décimos a mais do que o previsto em janeiro.
Na semana passada o Japão anunciou que a inflação em maio se manteve estável em relação ao mesmo mês de 2012 e deixou para trás seis meses consecutivos de recessão, em um dado que os analistas consideraram como um primeiro sintoma de melhora no objetivo de se acabar com a deflação.