Apoiar as empresas afetadas pelo desastre de março é um dos objetivos do novo orçamento, que inclui uma verba de US$ 6,5 bilhões (Bay Ismoyo/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 08h28.
Tóquio - O Parlamento do Japão aprovou nesta quarta-feira um novo orçamento adicional no valor de US$ 32,9 bilhões, para financiar a reconstrução das áreas atingidas pelo terremoto e o tsunami de março de 2011.
O orçamento obteve nesta quarta a aprovação da Câmara Alta, controlada pela oposição, uma semana depois de ter recebido o sinal verde do Congresso, informou a agência local 'Kyodo'.
Apoiar as empresas afetadas pelo desastre de março é um dos objetivos do novo orçamento, que inclui uma verba de US$ 6,5 bilhões para conceder créditos às companhias que precisam de recursos para retomar suas atividades.
Mas também há recursos para combater a valorização do iene e seus efeitos nas exportações japonesas, com medidas como incentivos fiscais à compra de veículos ecológicos para estimular o setor automobilístico.
O Governo japonês prevê financiar esse orçamento sem emitir nova dívida graças à receita tributária obtida no ano fiscal de 2011, que termina em 31 de março, e que será mais elevada do que o previsto inicialmente, segundo 'Kyodo'.
Esse é o quarto orçamento extraordinário do Japão pelo terremoto de março, após as aprovações em maio, julho e novembro de 2011 no valor total de US$ 235,1 bilhões.
A catástrofe de março provocou a pior crise no Japão desde a Segunda Guerra Mundial, com cerca de 20 mil mortos e desaparecidos e o pior acidente nuclear depois de Chernobyl. É a primeira vez desde 1947 que o país autoriza quatro orçamentos extraordinários em um mesmo ano.
Após a aprovação desta quarta, o Parlamento japonês retomou o debate sobre o orçamento para o próximo ano fiscal, que começa em abril, no valor recorde de US$ 1,2 trilhão.
Se for aprovado, será o maior orçamento para um só ano fiscal na história do Japão.
Sua maior verba, cerca de um terço do total, deve cobrir as despesas da Previdência Social do Japão, que possui uma das sociedades mais envelhecidas do planeta, embora também haja mais de US$ 47,8 bilhões para a reconstrução do nordeste do país.