Economia

Itaú revisa previsão de queda do PIB em 2015 para 3,9%

Para o fechamento deste ano, a expectativa segue inalterada em recuo de 2,8%, mas com possibilidade de ser revisada para uma retração mais intensa


	PIB 2016: a expectativa segue inalterada em recuo de 2,8%, mas com possibilidade de ser revisada para uma retração mais intensa
 (Marcos Santos/USP Imagens)

PIB 2016: a expectativa segue inalterada em recuo de 2,8%, mas com possibilidade de ser revisada para uma retração mais intensa (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 13h15.

São Paulo - O agravamento da recessão econômica levou o Itaú Unibanco a alterar a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015, de uma queda de 3,7% para uma baixa de 3,9%.

Para o fechamento deste ano, a expectativa segue inalterada em recuo de 2,8%, mas com possibilidade de ser revisada para uma retração mais intensa. Para 2017, a instituição espera estabilidade no PIB.

Na visão dos economistas, a queda maior da atividade econômica no quarto trimestre de 2015 piora a herança estatística do PIB para 2016, o que sugere um viés de baixa para a projeção atual.

"Adicionalmente, os fundamentos indicam um quadro difícil à frente: a incerteza no cenário doméstico segue elevada, a política monetária continua contracionista e as empresas ainda enfrentam custos pressionados. O encolhimento da massa salarial deve continuar, sugerindo consumo menor das famílias", descreve o relatório.

Demais previsões

Com atividade fraca e crescimento dos gastos obrigatórios, o Itaú Unibanco avalia que a situação fiscal permanece desafiadora. Por isso, também alterou a projeção para o resultado primário em 2016, de déficit de 1,3% para um resultado negativo em 1,4% do PIB, após déficit de 2,0% do PIB em 2015.

A expectativa do Itaú Unibanco é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano desacelere ante 2015 (10,67%), mas ainda fique acima do teto da meta de 6,50%.

A previsão para o IPCA deste ano foi alterada para 7,0% em 2016, e não mais em 6,8%, previsto antes. Segundo o banco, a revisão deve-se à estimativa de reajustes mais elevados em preços administrados e de aumentos de tributos. Em 2017, o IPCA deve fechar em 5,00%, conforme o banco.

Já o câmbio, cuja estimativa do banco está em R$ 4,50 para o fim deste ano, tende a continuar promovendo resultados melhores em 2016 e 2017.

Para 2015, a projeção no resultado da conta corrente do Itaú Unibanco passou para déficit de US$ 59,5 bilhões (ante US$ 66,5 bilhões).

Para 2016, a estimativa é de saldo deficitário em US$ 21 bilhões em 2016 (ante US$ 35 bilhões) e de primário zerado em 2017. Pesa sobre esses números também a demanda mais fraca, que beneficia as contas externas.

Para a taxa básica de juros, o Itaú Unibanco trabalha com um ciclo de alta de 1,00 ponto porcentual este ano, com dois aumentos, a partir da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana.

Neste sentido, a Selic deve passar de 14,25% para 14,75% neste primeiro encontro do Copom de 2016. Para 2017, o banco vê espaço para queda gradual da taxa de juros para 12,00% ao ano.

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndicadores econômicosItaúItaúsaPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China