Economia

Itaú melhora previsão de queda do PIB no 2º trimestre

Banco projeta agora queda de 9,2% entre entre abril e junho, de queda de 10,6% esperada antes; dados oficiais do IBGE saem em 1º de setembro

Lojas fechadas durante período mais duro da pandemia no Rio de Janeiro: (Andre Coelho/Bloomberg)

Lojas fechadas durante período mais duro da pandemia no Rio de Janeiro: (Andre Coelho/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2020 às 12h05.

Última atualização em 7 de agosto de 2020 às 12h07.

O Itaú Unibanco melhorou nesta sexta-feira a expectativa para a retração da economia no segundo trimestre, vendo o início de uma recuperação em maio e junho da crise provocada pelo coronavírus.

O banco projeta agora queda de 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB) entre entre abril e junho sobre o trimestre anterior, de queda de 10,6% esperada antes.

Mas a expectativa para o crescimento no terceiro trimestre caiu, de 8,5% para 7,4%. O IBGE divulgará os dados sobre o segundo trimestre em 1º de setembro.

"A recuperação tem sido mais forte nas vendas no varejo e na produção industrial, enquanto o setor de serviços, mais impactado pelo isolamento social, se recupera mais lentamente", explicou o Itaú em relatório, destacando também a melhora da confiança do empresário medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ainda assim, não houve mudança na expectativa de que a economia sofrerá neste ano retração de 4,5%, recuperando-se em 3,5% em 2021.

"O fundamento mais importante para a atividade econômica nos próximos trimestres e ao longo do ano que vem é, na nossa visão, a manutenção das baixas taxas de juros, o que só será possível se a política fiscal voltar a uma trajetória sustentável após a expansão dos gastos deste ano", completou no relatório a equipe econômica do banco, chefiada por Mario Mesquita.

Em outra frente, o Itaú reduziu a previsão para o dólar a 5,25 reais no final de 2020, de 5,75 reais antes, em função do cenário internacional, ao considerar que a recuperação global no segundo semestre vem se consolidando, o que tede a gerar um cenário mais benigno para ativos de risco.

Ainda assim a análise cita o risco fiscal ainda elevado, a contração acentuada da atividade econômica e o cenário de juros baixos como impeditivos para uma apreciação mais intensa da taxa de câmbio.

Para 2021 foi mantida a expectativa de dólar a 4,50 reais.

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