Economia

Itaú eleva a US$ 80 bi projeção de déficit em conta corrente

A previsão anterior era de US$ 68 bilhões


	Agência do Itaú: para 2016, a projeção também foi revisada, passando de US$ 61 bilhões para US$ 69 bilhões
 (Sérgio Moraes/Reuters)

Agência do Itaú: para 2016, a projeção também foi revisada, passando de US$ 61 bilhões para US$ 69 bilhões (Sérgio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2015 às 14h54.

São Paulo - Relatório distribuído nesta segunda-feira, 11, pelo Itaú Unibanco dá conta de que os economistas da instituição elevaram para US$ 80 bilhões a projeção de déficit na conta corrente do Balanço de Pagamentos Brasileiro em 2015 de uma previsão anterior de US$ 68 bilhões.

Para 2016, a projeção também foi revisada, passando de US$ 61 bilhões para US$ 69 bilhões.

Apesar da mudança, o Itaú Unibanco continua vendo melhora gradual no cenário das contas externas.

Eles lembram que o déficit em conta corrente terminou os primeiros três meses deste ano em US$ 25,4 bilhões, abaixo dos US$ 27,7 bilhões registrados no mesmo período do ano passado, e que os itens mais sensíveis a câmbio como viagens internacionais, transportes e lucros e dividendos, seguem melhorando, em linha com o real mais depreciado.

A revisão para cima do déficit em conta corrente para este e o próximo ano incorporam as mudanças metodológicas recentes do balanço de pagamentos.

A principal mudança metodológica se deu sobre os Investimentos Diretos no País, o antigo Investimento Estrangeiro Direto (IED). Houve uma substituição do critério direcional pelo critério de ativos passivos.

Desta forma, ressaltam os economistas do Itaú Unibanco, os empréstimos de filiais no exterior para matrizes no Brasil e de matrizes no exterior para filiais no Brasil passaram a fazer parte do investimento direto no País (IDP), que somou US$ 97 bilhões em 2014 ante US$ 63 bilhões na antiga conta de investimentos estrangeiros.

Para os próximos anos, de acordo com os economistas do Itaú Unibanco, em razão da atividade econômica em ritmo mais lento e do menor dinamismo dos setores de serviços e industrial (principais receptores de IDP nos últimos anos), eles projetam entradas menores, de US$ 66 bilhões em 2015 e de US$ 76 bilhões em 2016.

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