Economia

Itália pode reduzir meta de déficit para aplacar parceiros da UE

Meta no esboço orçamentário é agora de 2,4 por cento do PIB, muito maior do que o objetivo de 0,8 por cento determinado pelo governo anterior

Coalizão governista da Itália pode reduzir a meta de déficit do orçamento do próximo ano (Tony Gentile/Reuters)

Coalizão governista da Itália pode reduzir a meta de déficit do orçamento do próximo ano (Tony Gentile/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de novembro de 2018 às 09h58.

Roma - A coalizão governista da Itália pode reduzir a meta de déficit do orçamento do próximo ano para 2 por cento do Produto Interno bruto para evitar um processo disciplinar da Comissão Europeia, disseram duas fontes do governo nesta segunda-feira.

A meta no esboço orçamentário é agora de 2,4 por cento do PIB, muito maior do que o objetivo de 0,8 por cento determinado pelo governo anterior, levando parceiros europeus a ameaçarem com uma repreensão formal e multas.

Os líderes de ambos os partidos na coalizão do governo,formado pelo movimento anti-establishment 5-Estrelas e pela Liga, de direita, sinalizaram que estão abertos a reduzir a meta de déficit antes de uma reunião para discutir a medida marcada para esta segunda-feira.

A reunião pode levar a um avanço no impasse com Bruxelas que afetou os mercados financeiros preocupados com a sustentabilidade da dívida da Itália e a uma prolongada disputa com seus parceiros da União Europeia.

No domingo, o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, líder da Liga, acenou com a possibilidade de mudar a meta de déficit, dizendo que "ninguém está preso" à meta de déficit de 2,4 por cento.

Nesta segunda-feira, o vice-primeiro-ministro, Luigi Di Maio, que lidera o 5-Estrelas, afirmou que desde que as medidas no orçamento fiquem inalteradas, a redução da meta de orçamento não é um problema.

"O importante é que o orçamento contenha as metas que estabelecemos", disse Di Maio. "Então se as negociações significarem que o déficit tem que ser reduzido um pouco, para nós não é importante."

Os rendimentos dos títulos do governo italiano caíram para a mínima de dois meses no início do pregão devido à perspectiva de que o governo revisará seu plano orçamentário.

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