Economia

Itália está no caminho certo com reformas de Monti

Informação é do ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, para o jornal italiano La Stampa

Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble (à direita) conversa com ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, antes de reunião de gabinete na chancelaria, em Berlim (Thomas Peter/Reuters)

Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble (à direita) conversa com ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, antes de reunião de gabinete na chancelaria, em Berlim (Thomas Peter/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2012 às 10h43.

Milão - A Itália deve implementar as reformas estabelecidas pelo primeiro-ministro Mario Monti para evitar tornar-se a próxima vítima de contágio da zona do euro depois do resgate à Espanha, afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, para o jornal italiano La Stampa.

Outros países da zona do euro, incluindo a Espanha e a França, também devem se concentrar nas reformas, segundo ele, e a Grécia deve fazer o mesmo quer continue na zona do euro ou não.

"Se a Itália continuar no caminho de Monti, não haverá riscos", disse Schaeuble de acordo com entrevista publicada nesta quarta-feira.

"A Espanha também está no caminho certo. O país não precisa de um programa de ajuda. Eles têm um problema específico no setor bancário e eu tenho certeza de que irão resolvê-lo." A postura de austeridade de Monti e uma reforma radical nas aposentadorias foram bem recebidos por investidores, mas o apoio está diminuindo depois que Roma falhou em equilibrar os aumentos dos impostos com audaciosas reformas pró-crescimento.

Se a economia não começar a crescer depois de uma década de estagnação, a Itália enfrentará uma série de dificuldades para cortar sua dívida, agora em 120 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e a segunda maior da zona do euro, atrás apenas da Grécia.

Schaeuble disse que não concorda com uma sugestão da Itália de que certos investimentos públicos devem ser excluídos do cálculo do déficit do país.

"Eu não aconselharia resolver certos problemas mudando certas estatísticas. Isso não funcionou bem para alguns países quando eles se uniram à União Monetária Europeia. Nós não vamos repetir o mesmo erro", disse ele.

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