Economia

Itália é o 2º país europeu que o Brasil mais importa produtos alimentícios

Na lista estão itens pelos quais o país da bota é famoso, como as massas, vinhos e azeites, como também biscoitos wafer e waffle, tomates em conserva e até kiwi

Vinho: bebida é o produto que o Brasil mais importa da Itália. (Tetra Images/Getty Images)

Vinho: bebida é o produto que o Brasil mais importa da Itália. (Tetra Images/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 13 de maio de 2022 às 10h45.

A relação que os brasileiros têm com os italianos não é só cultural, mas também econômica. A Itália é o segundo país europeu que o Brasil mais importa produtos enogastronômicos, atrás apenas de Portugal. Na lista estão itens pelos quais o país da bota é famoso, como as massas, vinhos e azeites, como também biscoitos wafer e waffle, tomates em conserva e até kiwi.

Em valores, o volume de importações da Itália registra um ritmo de crescimento desde a abertura econômica do Brasil a produtos estrangeiros, nos anos 1990. No acumulado de 2021, o país importou 238,3 milhões de dólares, um crescimento de 3% em relação a 2020. Somente no primeiro trimestre deste ano, o valor de importação já chega a 74,5 milhões de dólares.

“Esses números colocam os italianos na oitava posição entre todos os fornecedores no mundo. Entre os europeus, somente os portugueses exportam mais para o Brasil, mas com uma diferença muito pequena. Eles estão na primeira posição, com 3,92% de participação, e a Itália tem 2,85%”, explica Ronaldo Padovani, analista de negócios da Italian Trade Agency (ITA), agência do governo italiano responsável por promover empresas italianas no exterior e atrair investimentos para a Itália.

Em primeiro lugar entre os produtos que o Brasil mais importa da Itália estão os vinhos, com uma participação de 43 milhões de dólares por ano. Logo em seguida vem as massas (30,9 milhões de dólares), azeites (21,5 milhões de dólares), tomates preparados e em conserva (19 milhões de dólares), e biscoitos wafer e waffle, com uma participação de 12,2 milhões de dólares.

Nesta lista ainda tem um item curioso: o kiwi. Apesar da fruta ser originária da China, a Itália é o maior produtor mundial da fruta. Para o Brasil, a exportação gira em torno de 14 milhões de dólares por ano, com um crescimento de 35% comparando o primeiro trimestre de 2021 e 2022. O total passou de 4,6 mil toneladas para 6,3 mil toneladas.

Mesmo com a inflação no Brasil no número mais alto em duas décadas e a desvalorização do real em relação ao dólar e ao euro, a relação comercial entre os dois países está em constante crescimento.

“Analisando empiricamente, o consumo per capito diminui, mas mais pessoas tiveram acesso ao produto italiano nos últimos anos, compensando essas barreiras ao importado. Acredito que se não tivesse essas dificuldades, o  crescimento do mercado seria ainda maior”, avalia Ronaldo Padovani.

LEIA TAMBÉM

APAS Show

Boa parte desses produtos alimentícios vão estar presentes na APAS Show (a maior feira de alimentos e bebidas das Américas), no espaço que a ITA vai ter durante o evento.

A agência de trade selecionou 12 marcas que vão trazer as novidades do setor alimentício italiano e que podem ser vistos nas prateleiras dos mercados brasileiros já nos próximos meses. Entre os produtos expostos na feira estão massas, vinagres balsâmicos, óleos, conservas, panetone e vinhos.

O espaço mais italiano vai contar ainda com o embaixador da cozinha siciliana no mundo, o chef italiano Nicoló Ferdico, que vai preparar receitas tradicionais e contemporâneas para quem passar pelo stand da ITA na Apas Show. Os pratos degustados ainda serão harmonizados.

Serviço

APAS Show - de 16 a 19 de maio no Expo Center Norte em São Paulo - SP. O Stand ITÁLIA fica no n° 500, Rua 6, Pavilhão Verde, entre as entradas de visitantes e de expositores.

LEIA TAMBÉM

Acompanhe tudo sobre:AlimentosItáliaVinhos

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE