Economia

Itália adota medidas para incentivar o crescimento

Segundo o primeiro-ministro Mario Monti, o plano inclui a venda de prédios oficiais para reduzir a colossal dívida pública

O premiê italiano, Mario Monti: com as novas medidas, a Itália tenta frear o contágio da dívida depois de ficar na mira dos mercados
 (Frederick Florin/AFP)

O premiê italiano, Mario Monti: com as novas medidas, a Itália tenta frear o contágio da dívida depois de ficar na mira dos mercados (Frederick Florin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 11h33.

Roma - O governo italiano adotou nesta sexta-feira um pacote de medidas para incentivar o crescimento econômico, que inclui a venda de prédios oficiais para reduzir a colossal dívida pública, alvo de ataques do mercado, informou o primeiro-ministro Mario Monti.

O pacote foi apresentado por Monti durante uma coletiva de imprensa e introduz medidas para o desenvolvimento de setores como energia, tributação e até uma agência para informatizar a Itália.

Um decreto criou o "Fundo para o crescimento sustentável", que tem um orçamento de 2 bilhões de euros.

Entre as medidas adotadas para incentivar o crescimento econômico, figuram a redução fiscal para as obras de remodelação a fim de apoiar o setor da construção e um incentivo para as empresas que contratam jovem qualificados e desenvolvam economia verde.

"O impacto será notável. Em um mês, a dívida deverá baixar 10 bilhões de dólares com a venda de importantes sociedades públicas", anunciou o vice-ministro da Economia, Vittorio Grilli.

Com as novas medidas, a Itália tenta frear o contágio da dívida depois de ficar na mira dos mercados.

"Entre recursos e investimentos, calculamos que vamos mobilizar 80 bilhões de euros", comentou, por sua parte, o ministro para o Desenvolvimento, Corrado Passera.

Alguns observadores temem que as medidas não sejam suficientes para frear o ataque dos mercados à Itália, depois que a Espanha aceitou um plano de ajuda para seus bancos.

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