Economia

Irlanda deve fazer mais ajustes para abandonar resgates

A análise foi divulgada nesta quinta-feira no relatório trimestral da troika, formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o FMI


	Rua na Irlanda: segundo a análise dos inspetores, a Irlanda cumpriu com "firmeza" todas as condições estipuladas até o momento pela UE e o FMI
 (Peter Muhly/AFP)

Rua na Irlanda: segundo a análise dos inspetores, a Irlanda cumpriu com "firmeza" todas as condições estipuladas até o momento pela UE e o FMI (Peter Muhly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 15h06.

Dublin - Dois anos após pedir um resgate para União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Irlanda está em bom caminho para abandonar no final de 2013 seu programa de ajuda, embora deverá continuar com sua política de austeridade e cortes, sobretudo na saúde.

A análise foi divulgada nesta quinta-feira no relatório trimestral da troika, formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o FMI, sobre a atuação do governo irlandês para cumprir com as condições de seu resgate de 85 bilhões de euros.

Apesar da "difícil" conjuntura "externa", o bom andamento do resgate permitirá a troika apresentar antes do Natal um documento com um roteiro com os passos a seres seguidos para esse objetivo ser alcançado, anunciou hoje o ministro irlandês de Finanças, Michael Noonan.

Segundo a análise dos inspetores, a Irlanda cumpriu com "firmeza" todas as condições estipuladas até o momento pela UE e o FMI e está pronta para retornar aos mercados da dívida em 2013 na busca de fontes de financiamento alternativas.

Embora a troika não tenha fornecido detalhes sobre o conteúdo do plano de ajuste para o próximo ano, além da advertência do "excesso orçamentário" em saúde, o Executivo antecipou que deverá tomar decisões "difíceis" no orçamento geral para 2013, que será apresentado em dezembro.

As medidas "serão justas e equitativas quanto for possível e coerentes com o objetivo de fazer a economia crescer e gerar emprego", disse hoje o governo por meio de um comunicado. 

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