Economia

Irlanda cumpre com "êxito" condições de seu resgate

A sétima revisão dos inspetores da troika indicou que o país "continua cumprindo com todas as metas fixadas no programa de ajuda", avaliado em 85 bilhões de euros

Bandeira da Irlanda: na metade do prazo do resgate, que será concluído em 2014, o país se encaminha para reduzir seu déficit público neste ano para 8,6% do PIB (Getty Images)

Bandeira da Irlanda: na metade do prazo do resgate, que será concluído em 2014, o país se encaminha para reduzir seu déficit público neste ano para 8,6% do PIB (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 12h07.

Dublin - O governo irlandês anunciou nesta quinta-feira que está cumprindo com "êxito" as condições estipuladas para a ajuda econômica da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), avaliada em 85 bilhões de euros.

Segundo o ministro das Finanças, Michael Noonan, a sétima revisão dos inspetores do FMI, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) indicou que a Irlanda "continua cumprindo com todas as metas fixadas no programa de ajuda".

Ao contrário das outras seis revisões anteriores, a troika optou desta vez por não realizar uma entrevista coletiva para divulgar os resultados de sua análise, o que foi feito pelo próprio governo irlandês.

"A revisão analisou em detalhe a posição fiscal, as perspectivas macroeconômicas e o progresso no processo de reestruturação do setor financeiro e de reformas estruturais gerais", explicou Noonan por meio de um comunicado.

Na metade do prazo do resgate, que será concluído em 2014, o governo irlandês se encaminha para reduzir seu déficit público neste ano para 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB), como foi determinado com a troika.

Noonan minimizou o fato da economia nacional se contrair 1,1% durante o primeiro trimestre de 2012, número que foi divulgado hoje, e preferiu destacar que o PIB diminuiu 1,4% no ano passado.

"Ainda restam desafios consideráveis, sobretudo em relação ao inaceitável nível de desemprego (próximo de 15%)", afirmou. 

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