Economia

Iraque planeja aumentar produção do petróleo em 30%; o que muda para o mercado global?

Embarques podem passar de 18 milhões de barris, com reflexos nas negociações da OPEP+

Iraque se prepara para ampliar embarques de petróleo em agosto (Anton Petrus/Getty Images)

Iraque se prepara para ampliar embarques de petróleo em agosto (Anton Petrus/Getty Images)

Publicado em 18 de julho de 2025 às 16h17.

O Iraque deve aumentar os embarques de petróleo Basrah Medium no mês de agosto, em um movimento que sinaliza elevação na produção do país. As exportações sem destino específico devem alcançar entre 17 milhões e 18 milhões de barris no próximo mês, número superior ao registrado em julho.

De acordo com informações da Bloomberg, o volume sem destino pode representar um acréscimo de cerca de 4 milhões de barris, o que equivale a uma alta entre 20% e 30% em relação à média mensal usual. O Basrah Medium é amplamente negociado por parceiros upstream e investidores, como Shell, TotalEnergies e China National Petroleum Corp.

As projeções surgem em meio ao aumento gradual da produção por parte da OPEP+, grupo do qual o Iraque é o segundo maior produtor. A elevação nas remessas ocorre apesar dos alertas sobre possível excesso de oferta no mercado global.

A SOMO, estatal responsável pela comercialização do petróleo iraquiano, ainda não divulgou o plano de exportação completo para agosto. Além do Basrah Medium, o programa deve incluir cargas com e sem destino do Basrah Heavy e pequenos volumes do tipo Qayara.

Produção desafia metas da OPEP+

Em junho, os embarques totais de petróleo bruto do Iraque atingiram cerca de 3,35 milhões de barris por dia, de acordo com dados levantados pela Bloomberg, com o Basrah Medium representando mais de 60% desse total.

O aumento da produção desafia os esforços da liderança da OPEP, principalmente da Arábia Saudita, que tem pedido moderação aos demais membros. O Iraque já excedeu suas cotas em ocasiões anteriores, e novos incrementos podem dificultar o cumprimento das metas estabelecidas.

Apesar de recentes ataques de drones na região do Curdistão, os fluxos não foram afetados, já que a SOMO não exporta petróleo bruto daquela área.

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