Economia

Iraque está disposto a reduzir produção de petróleo, diz premiê

Os comentários de Abadi são os indícios mais claros até o momento de que Bagdá vai apoiar o plano da Opep quando o grupo se encontrar em 30 de novembro

Haider al-Abadi: "O que vamos perder ao reduzir a produção, vamos ganhar em receita de petróleo", disse ele (Jim Watson/AFP)

Haider al-Abadi: "O que vamos perder ao reduzir a produção, vamos ganhar em receita de petróleo", disse ele (Jim Watson/AFP)

R

Reuters

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 17h06.

Bagdá - O Iraque está disposto a cortar sua produção global de petróleo como parte do plano da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir a oferta global e impulsionar os preços, disse o primeiro-ministro do país, Haider al-Abadi, a repórteres nesta quarta-feira em Bagdá.

"O que vamos perder ao reduzir a produção, vamos ganhar em receita de petróleo", disse ele. "O Iraque assumirá parte da redução na produção."

Os comentários de Abadi são os indícios mais claros até o momento de que Bagdá vai apoiar o plano da Opep quando o grupo se encontrar em 30 de novembro, em Viena.

Declarações anteriores de ministros iraquianos diziam o contrário: que a Opep deveria isentar o Iraque dos cortes de produção, uma vez que o país precisa de seu lucro do petróleo para combater o Estado Islâmico.

O Iraque, o Irã, a Líbia e a Nigéria pediram para ser liberados dos cortes, considerando que sua produção foi abalada por sanções ou por conflitos no passado.

"Nós queremos proteger os direitos do Iraque, mas temos como prioridade aumentar o preço do barril de petróleo", disse Abadi.

Acompanhe tudo sobre:IraqueOpepPetróleo

Mais de Economia

Fazenda prepara plano de contigência para socorrer empresas se tarifaço sair do papel, diz Haddad

'Como o Pix pode representar ameaça a um império? É uma viagem', diz Haddad, sobre Estados Unidos

Boletim Focus: mercado reduz projeções do IPCA para 2025 e 2026

Por que os EUA investigam o Pix? Sistema de pagamentos brasileiro estava sob análise desde 2022