Economia

Irã tenta despertar a atenção de investidores

Teerã, Irã - Isolado política e economicamente, o Irã tenta atrair parceiros e investimentos para o país. Ameaçado pela campanha dos Estados Unidos de ser alvo de mais sanções, os iranianos se esforçam para estimular por meio da curiosidade, simpatia e de habilidades o apoio da comunidade internacional. Um grupo de 86 empresários brasileiros desembarcou […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Teerã, Irã - Isolado política e economicamente, o Irã tenta atrair parceiros e investimentos para o país. Ameaçado pela campanha dos Estados Unidos de ser alvo de mais sanções, os iranianos se esforçam para estimular por meio da curiosidade, simpatia e de habilidades o apoio da comunidade internacional. Um grupo de 86 empresários brasileiros desembarcou hoje (12) em Teerã com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

A visita ocorre no momento em que está sendo realizada a Cúpula de Segurança Nuclear, em Washington, nos Estados Unidos, e em que o Irã é alvo de suspeitas de manter de forma secreta a produção de armas nucleares. O governo iraniano nega as as acusações ao afirmar que seu programa nuclear tem fins pacíficos. Essa posição conta com o apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O objetivo é conhecer o mercado, ver quais são as necessidades e o que eles querem. Para nós tudo é muito novo e diferente. É preciso estar aberto para poder ampliar as oportunidades", disse o empresário Mário Quinto di Cameli, que tem negócios nos setores automotivo, de alimentos e indústria moveleira. "Para mim tudo é muito novo. Na verdade uma das metas é desfazer mitos e ver a realidade", afirmou Murilo Farias Santos, que atua nos setores de alimentos e infraestrutura.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, convidou Miguel Jorge e um grupo de empresários para um almoço amanhã (13). Hoje o jantar será com o ministro da Indústria e Minas do Irã, Akbar Mehrabian.

Para Miguel Jorge, que está pela primeira vez no Irã, o clima de novidade e expectativa contribui. "Quem aceitou o convite para participar da missão viaja deixando o preconceito e o medo de lado. Isso vale tanto para os grandes quanto para os médios e pequenos empresários."

A viagem dos empresários ocorre exatamente um mês antes de o presidente Lula visitar o Irã acompanhado por uma comitiva de ministros, parlamentares e também de investidores. A visita dos empresários ao Oriente Médio inclui ainda mais dois países - Egito e Líbano - e vai durar uma semana. É a primeira viagem de empresários capitaneada por Miguel Jorge neste ano.

No ano passado, as exportações brasileiras para o Irã, o Egito, e o Líbano atingiram cerca de US$ 3 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 110 milhões, com potencial para aumento das relações comerciais.

O objetivo das visitas é tornar o Brasil um parceiro comercial atrativo para esses países que apresentam estimativas positivas de crescimento econômico para 2010. O Irã e o Egito têm previsão de crescimento de 3%. A do Líbano é um pouco maior, atingindo 4%. Os cálculos são do Fundo Monetário Internacional (FMI) .

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaInvestimentos de empresasIrã - PaísNegociações

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte