O primeiro passo, recomenda especialista, é quitar eventuais dívidas. ( krisanapong detraphiphat/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 29 de maio de 2024 às 17h00.
Última atualização em 25 de junho de 2024 às 16h17.
Só quem já recebeu uma restituição do imposto de renda conhece a alegria de se deparar com esse dinheiro na conta corrente. Isso porque nunca dá para saber, exatamente, quando o valor da restituição será creditado. A Receita Federal costuma priorizar quem entregou a declaração primeiro – neste ano, o prazo se encerra nesta sexta-feira, 31 de maio –, mas a data exata do depósito é sempre um mistério. Quando o dinheiro cai na conta, via de regra, o contribuinte já nem se lembra dele – e muitas vezes nem está contando com a restituição.
Qual é o melhor destino para esse dinheiro? Antes de responder esta pergunta, convém entender como a restituição do imposto de renda é calculada – até para você se preparar para receber uma quantia maior com a declaração de 2025. Ao falar sobre o assunto, o advogado Jhonny Martins, especialista em contabilidade, sempre faz a seguinte pergunta: “Você sabe qual é o maior imposto que existe?”. Ato contínuo, dispara a resposta: “O imposto da ignorância”.
Faz uso dessa frase de efeito para salientar a importância da declaração do imposto de renda, e dentro do prazo – quem entrega depois fatalmente paga multa, que nunca é irrisória. “Muita gente acha que declarar e pagar imposto de renda é a mesma coisa”, explica o especialista, que é vice-presidente do SERAC, um hub de soluções corporativas, e cursou MBA em Gestão Empresarial pela FGV-SP e MBA em Gestão Tributária pela USP. “O mais indicado é entregar no prazo, mesmo com erros, e retificá-los depois”.
A restituição é calculada em função dos ganhos, dos descontos retidos em folha e das possíveis deduções, lembra Martins. Daí a importância de incluir todas as deduções possíveis – eis uma dica de ouro para guardar para o resto da vida. Do que se trata? De despesas que levam ao abatimento do imposto de renda a pagar – e, eventualmente, a uma restituição maior.
É o caso de gastos com dependentes, consultas e tratamentos médicos, educação e planos de previdência complementar. “Não adianta querer incluir despesas médicas se você não pegou os recibos necessários”, ressalta Martins. “Estes documentos são cruciais para melhorar sua eficiência tributária”.
E o que fazer com o dinheiro da restituição? O primeiro passo, recomenda o especialista, é quitar eventuais dívidas. “Muita gente conta com esse dinheiro para isso”, lembra ele. “É uma ótima solução para colocar as finanças em ordem”. O mais indicado para fazer o valor da restituição render, caso sobre algum dinheiro ou caso você não tenha dívida nenhuma, é optar pela Renda Fixa.
Trata-se de uma classe de investimento que permite que os investidores fiquem sabendo, já na hora da contratação, quais ganhos terão no futuro. Quem opta pela Renda Fixa está emprestando dinheiro para um emissor — pode ser um banco, uma empresa ou até o governo. Nesse universo, os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são as opções mais recomendadas.
Com o CDB do Banco PAN, por exemplo, seu dinheiro rende a 103% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). É mais, convém lembrar, do que os retornos atrelados à poupança. O dinheiro pode ser resgatado a qualquer hora e o investimento tem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). As movimentações, assim como a contratação, são feitas por meio do aplicativo do banco. As transações podem ser efetuadas todos os dias entre 7h e 23h59.