(Leandro Fonseca/Exame)
Redação Exame
Publicado em 17 de outubro de 2023 às 14h41.
Dados Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgados nesta terça-feira, 17, mostram que, enquanto para as famílias de renda muito baixa houve deflação de 0,02% em setembro, o indicador avançou 0,57% entre as de renda alta. Essa foi a quarta queda consecutiva. O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda do mês passado manteve a tendência dos últimos meses, com taxas mais menores para as famílias mais pobres.
"Na comparação com agosto, os três segmentos de menor renda registraram desaceleração da inflação e os três de maior poder aquisitivo apresentaram taxas mais elevadas. Já no acumulado do ano até setembro, as famílias de renda muito baixa mantiveram a menor taxa de inflação (2,30%), enquanto a maior variação ocorreu nos domicílios de renda alta (4,38%)", informou o Ipea.
Entre os grupos pesquisados, o principal alívio inflacionário em setembro veio da redução no preço de alimentos e bebidas. Segundo o Ipea, a queda no custo dos alimentos no domicílio pelo quarto mês consecutivo reduziu a pressão sobre os índices de inflação, sobretudo para as famílias com renda mais baixa, devido ao peso desses itens em suas cestas de consumo.
Entre os produtos que ficaram mais baratos em setembro, aparecem o feijão (-7,6%), a farinha de trigo (-3,3%), a batata (-10,4%), carnes (-2,9%), aves e ovos (-1,7%), o leite (-4,1%) e o óleo de soja (-1,2%)