Conta de luz: somados, os dois efeitos (energia elétrica e combustíveis) representam uma alta de 0,30 ponto porcentual do IPCA neste ano (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - O economista da LCA, Fábio Romão, afirmou que apesar da alta de 6,6% na gasolina e de 5,4% no diesel, em média, nas refinarias, os efeitos da redução da tarifa de energia anunciada pela presidente Dilma Rousseff ainda são positivos e devem provocar uma redução líquida no IPCA de 0,35 ponto porcentual neste ano.
"A nossa previsão para a alta deste índice de inflação é de 5,37% para 2013. Mas se não existisse a diminuição do custo da energia anunciado pela presidente, a nossa previsão de alta do indicador seria de 5,72%. É uma contribuição expressiva", destacou.
Nos cálculos de Romão, os impactos diretos da alta dos combustíveis serão de 0,19 ponto porcentual sobre o IPCA e serão registrados totalmente em fevereiro. "Não há efeito em janeiro, porque a coleta do IPCA foi encerrada no dia 29", apontou.
Deste total, 0,18 ponto porcentual será provocado pela alta da gasolina e somente 0,01 ponto porcentual pelo diesel.
No caso dos impactos indiretos em toda a economia, ele estima que serão de 0,11 ponto porcentual ao longo de 2013, distribuídos de forma inversa: pequena participação, de apenas 0,01 ponto porcentual da gasolina, e fatia de 0,10 ponto porcentual da elevação do diesel.
Somados, os dois efeitos (energia elétrica e combustíveis) representam uma alta de 0,30 ponto porcentual do IPCA neste ano. "No caso, da redução dos custos de energia, os impactos diretos e indiretos retiram da inflação 0,65 ponto porcentual", destacou Romão.
"Portanto, há um saldo positivo dessa diminuição da energia sobre a alta de combustíveis de 0,35 ponto porcentual sobre o IPCA neste ano", apontou.