Boletim Focus: economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018 e 2019 (Marcello Casal jr/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de julho de 2018 às 09h55.
Última atualização em 30 de julho de 2018 às 09h57.
Brasília - Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018 e 2019. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 30 pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano permaneceu em 4,11%. Há um mês, estava em 4,03%. Já a projeção para o índice em 2019 seguiu em 4,10%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,95% para 4,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% para ambos os anos.
A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Em 20 de julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 de julho subiu 0,64%. A taxa acumulada no ano foi de 3,00% e nos 12 meses encerrados em julho de 4,53%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 no Focus foi de 4,09% para 4,04%. Para 2019, a estimativa do Top 5 foi de 4,06% para 4,07%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,83% e 4,00%, respectivamente.
No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto um mês atrás.
A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis foi de 4,11% para 4,10%. Houve 35 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,16%. No caso de 2019, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis passou de 4,10% para 4,11%. Há um mês, estava em 4,10%.
Essas projeções do IPCA que consideram apenas os últimos 5 dias úteis são uma das novidades do novo formato do Focus. As projeções gerais do IPCA, que seguem fazendo parte do Focus, levam em conta os últimos 30 dias. Conforme o BC, a intenção de divulgar projeções com base nos últimos dias úteis tem como objetivo mostrar um retrato mais tempestivo do indicador de inflação.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para a inflação em julho de 2018, em 0,30%. Para agosto, a projeção seguiu em 0,07% e, para setembro, passou de 0,21% para 0,22%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,12% e 0,22%, respectivamente.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho, o BC informou que suas projeções de inflação no curto prazo são de 0,27% em julho e 0,20% em agosto.
No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,70% para 3,67% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,02%.
O Relatório Focus indicou, ainda, elevação na projeção para os preços administrados em 2018. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 6,71% para avanço de 6,81%. Para 2019, a mediana seguiu com elevação de 4,50%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,30% para os preços administrados neste ano e elevação de 4,50% no próximo ano.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 7,2% em 2018 e 4,6% em 2019. Estes porcentuais foram atualizados no último RTI.
O Relatório do BC mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2018 passou de +7,70% para +7,67%. Há um mês, também estava em +7,67%. No caso de 2019, o IGP-M projetado permaneceu em +4,47%, ante +4,50% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.