Banco Central: a mediana das projeções para o IPCA de 2016 foi uma das poucas a não mostrar piora (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 11h52.
Brasília - O mercado financeiro vê ainda mais distante do que antes a possibilidade de cumprimento da meta de inflação de 4,5% em 2015.
A piora das expectativas para os indicadores de preços pode ser constatada em diferentes variáveis para diferentes períodos levantados pelo Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta quarta-feira, 18, pelo Banco Central.
De acordo com o documento, a mediana das previsões para o IPCA deste ano subiu de 7,15% para 7,27%. Há um mês, a mediana estava em 6,67%.
Também no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana segue acima da banda superior da meta.
Entre a semana passada e esta, a projeção ficou estável em 7,12% para 2015 e em 5,65% para 2016. Quatro semanas atrás estava, respectivamente, 6,60% e 5,60%.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu que o IPCA subiria nos primeiros meses deste ano, mas avaliou que entraria em um período de declínio mais para frente e encerraria 2016 no centro da meta de 4,5%.
Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem em nível elevado. Elas, entre a semana anterior e esta, ficaram estáveis em 6,56% -- ainda acima do teto da meta de inflação.
As projeções para o curto prazo também continuam em nível elevado na Focus: a taxa para fevereiro de 2015 segue em 1,02%. Um mês antes, essa taxa estava em 0,75%. Para março, a mediana das previsões passou de 0,65% para 0,70%, ante 0,55% de quatro semanas atrás.
Na pesquisa geral, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 foi uma das poucas a não mostrar piora, com a mediana das projeções estáveis em 5,60% pela terceira semana consecutiva -- um mês antes estava em 5,70%.