Economia

IPCA em 12 meses deve crescer devido à base baixa de 2016, diz BC

Segundo o chefe do Departamento Econômico, isso deve ocorrer porque os resultados foram historicamente baixos nos últimos meses ano passado

BC: até setembro, o índice acumula alta de 2,54% (Gustavo Gomes/Bloomberg)

BC: até setembro, o índice acumula alta de 2,54% (Gustavo Gomes/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 18h34.

Vitória - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, afirmou nesta quarta-feira, 8, que o resultado acumulado em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve crescer quando incorporar os dados de novembro e dezembro.

A declaração foi dada em coletiva de imprensa em Vitória, no Espírito Santo, onde foi divulgado o Boletim Regional.

Maciel explicou que isso deve ocorrer porque, nos últimos meses ano passado, os resultados foram historicamente baixos. Com uma base de comparação fraca, portanto, o IPCA deve subir mais um pouco no fim de 2017. Até setembro, o índice acumula alta de 2,54%.

Crédito

A liberação de crédito para empresas, que caiu 5,5% em 2016, tem intensificado a sua queda em 2017, com uma retração de 8,2% nos 12 meses acumulados em setembro, mostrou Maciel.

Apesar da piora do indicador este ano, Maciel afirmou que os dados dos últimos meses apontam para uma queda menor "daqui para frente". "Mas é um indicador que ainda deve ficar no campo negativo por um período", ponderou o chefe do Departamento Econômico do BC.

Segundo ele, boa parte da piora verificada em 2017 se deve a uma restrição das instituições financeiras na liberação de crédito para investimento e capital de giro, em especial por parte do BNDES.

Por outro lado, Maciel ressaltou que o crédito para pessoa física acelerou o ritmo de crescimento, de 4% em 2016 para 5% nos 12 meses até setembro deste ano. "Ficou claro que houve um processo mais acelerado de desalavancagem das famílias", comentou o economista.

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