Economia

IPC-S sobe 0,33% em outubro com maior pressão de Habitação

Na terceira quadrissemana do mês, o indicador havia registrado alta de 0,29%

IPC-S: grupo Habitação acelerou a alta a 0,70% (rmnunes/Thinkstock)

IPC-S: grupo Habitação acelerou a alta a 0,70% (rmnunes/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 08h54.

Última atualização em 1 de novembro de 2017 às 08h56.

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 0,33% em outubro após registrar leve recuo de 0,02% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 1º.

O resultado ficou abaixo da mediana e da média de 0,35% da pesquisa do Projeções Broadcast, que previa aumento de 0,30% a 0,41%. No acumulado em 12 meses, o índice desacelerou levemente de 3,17% até setembro para 3,15% no período finalizado em outubro. No ano, a taxa acumulada é de 2,64%.

Em relação à terceira quadrissemana de outubro (0,29%), o IPC-S mostrou aceleração de 0,04 ponto porcentual. Das oito classes de despesas analisadas, quatro registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços na passagem da terceira para a quarta leitura de outubro: Habitação (0,40% para 0,70%), Comunicação (0,41% para 0,55%), Transportes (0,04% para 0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,40% para 0,42%).

Em contrapartida, quatro grupos registraram arrefecimento entre a terceira e a última quadrissemana de outubro: Educação, Leitura e Recreação (0,21% para -0,12%), Vestuário (0,29% para 0,05%), Despesas Diversas (0,56% para 0,32%) e Alimentação (0,25% para 0,24%).

Habitação

O grupo Habitação foi o que mais contribuiu para a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da terceira para a quarta quadrissemana de outubro (0,29% para 0,33%), segundo a FGV). Em setembro, o índice marcara queda de 0,02%.

A aceleração de Habitação (0,40% para 0,70%) foi influenciada, principalmente, pelo comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,38% para 3,37%. Outubro foi o primeiro mês de vigência da bandeira vermelha 2, a mais cara do sistema, na conta de luz. Em setembro, a bandeira amarela vigorava e Habitação registrara recuo de 0,40%.

Nos outros segmentos que registraram aceleração no período, a FGV destacou a contribuição dos itens mensalidade para TV por assinatura (0,12% para 0,47%) em Comunicação; tarifa de ônibus urbano (-0,82% para -0,36%) em Transportes; e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,04% para 0,10%) no grupo Saúde e Cuidados Pessoais.

Por outro lado, passagem aérea (1,51% para -6,88%) foi o principal fator de descompressão em Educação, Leitura e Recreação, enquanto roupas femininas (0,60% para 0,17%) possibilitaram a desaceleração de Vestuário. O pequeno alívio em cigarros (1,25% para 1,02%) influenciou a redução da taxa em Despesas Diversas e frutas (0,52% para -0,09%) contribuíram para o arrefecimento marginal em Alimentação.

Influências individuais

A FGV destacou como as principais influências individuais de alta no IPC-S entre a terceira e a quarta quadrissemana de outubro os itens batata-inglesa (28,39% para 38,99%), plano e seguro de saúde (que manteve 0,95%), gás de bujão (mesmo com o alívio de 3,85% para 3,80%) e tomate (apesar da desaceleração de 19,27% para 14,08%), além de tarifa de eletricidade residencial.

Já entre as principais influências individuais de baixa no indicador no período estão leite tipo longa vida (apesar da aceleração de -4,06% para -3,44%), banana-prata (-5,78% para -7,29%) e alimentos preparados e congelados de aves (-1,05% para -2,55%), além de passagem aérea e tarifa de ônibus urbano.

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