Informações são da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2012 às 08h54.
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,44 por cento na quarta quadrissemana de agosto, que corresponde ao fechamento do mês, impulsionado pelos preços de transportes e habitação, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira.
O resultado mostra aceleração em relação a julho, quando o indicador fechou com ganho de 0,22 por cento. E também ante a terceira quadrissemana de agosto, em que o IPC-S apresentou elevação de 0,34 por cento.
No acumulado do ano, o indicador registra alta de 3,52 por cento e de 5,69 por cento nos últimos 12 meses, de acordo com a FGV.
Seis dos oito grupos que compõem o indicador apresentaram acréscimo em suas taxas de variação ante a terceira quadrissemana, sendo que os destaques ficaram com Transportes, que passou de -0,34 para -0,04 por cento; e Habitação, que foi de 0,32 para 0,47 por cento. Nestas classes de despesa destacaram-se, respectivamente, os comportamentos de automóvel usado (-2,31 para -0,68 por cento) e aluguel residencial (0,27 para 0,42 por cento)
Também apresentaram acréscimo os grupos Vestuário (-0,70 para -0,57 por cento), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46 para 0,49 por cento), Alimentação (1,07 para 1,09 por cento) e Educação, Leitura e Recreação (0,47 para 0,51 por cento).
Por sua vez, registraram decréscimo nas taxas de variação os grupos Comunicação (0,29 para 0,10 por cento) e Despesas Diversas (0,24 para 0,20 por cento).
Os índices de inflação vêm mostrando aceleração em sua maioria recentemente, com destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, que registrou alta de 0,39 por cento em agosto, ante 0,33 por cento em julho.
Na sexta-feira, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,43 por cento em agosto, ante elevação de 1,34 por cento em julho, impulsionado pelos preços tanto no atacado quanto no varejo.
Analistas destacam que esse cenário pode limitar o espaço à frente para mais quedas da taxa Selic, que na semana passada sofreu o nono corte seguido, para 7,50 por cento.
Entretanto, o BC vem reiterando que, mesmo com maior pressão inflacionária, o crescimento econômico vai ocorrer com os preços sob controle.