Refino do petróleo e produção de álcool estão entre as maiores pressões negativas que impediram o crescimento da produção (.)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2010 às 11h16.
Brasília - Os dados da pesquisa de produção industrial do IBGE em maio vieram abaixo das expectativas de mercado, no entanto, a redução do ritmo de crescimento não implica em queda do setor, avalia o consultor da Fundação Getúlio Vargas, Silvio Sales.
"O mês de abril caiu e em relação a março e, em maio, a situação não se reverteu, mas isto está longe de significar tendência de redução de produção", explica Salles. Para ele, o aumento de 38,5% nos investimentos em bens de capital em relação a maio do ano passado mostra que os empresários estão confiantes e que a capacidade industrial não será diminuída.
O consultor explica que o aumento dos bens de capital sinaliza que não há enxugamento de oferta. "Ao fazer investimento, as indústrias ampliam sua capacidade de produção e garantem que a oferta continue atendendo à demanda sem pressões nos preços".
De acordo com o IBGE, as maiores pressões negativas que impediram o crescimento da produção industrial em maio ante abril vieram do refino de petróleo e da produção de álcool (-4,6%) - influenciados por paralisações técnicas programadas em refinarias -, de alimentos (-1,7%), e da indústria farmacêutica (-4,6%).