Economia

Investimento global em energia limpa bate recorde em 2015

A China fez a maior parte dos investimentos em energia limpa em 2015, com 110,5 bilhões de dólares


	Geração de energia eólica: investimento em fontes renováveis de energia, como eólicas e solares, foi 4 por cento superior aos de 2014
 (Evaristo Sa/AFP)

Geração de energia eólica: investimento em fontes renováveis de energia, como eólicas e solares, foi 4 por cento superior aos de 2014 (Evaristo Sa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 10h57.

Londres - O investimento em energia limpa ao redor do mundo atingiu um recorde de 329,3 bilhões de dólares em 2015, quando investidores ignoraram a queda nos preços dos combustíveis fósseis e flutuações cambiais e instalaram um volume recorde de capacidade de geração, mostrou um estudo nesta quinta-feira.

A China fez a maior parte dos investimentos em energia limpa em 2015, com 110,5 bilhões de dólares, ou 17 por cento a mais que em 2014. Outros mercados emergentes também tiveram grandes avanços, como África do Sul, Chile e México.

O investimento em fontes renováveis de energia, como eólicas e solares, foi 4 por cento superior aos de 2014, que ficaram em 315,9 bilhões de dólares, e representaram quase seis vezes o montante de 2004, disse a Bloomberg New Energy Finance em um relatório.

A capacidade instalada em renováveis foi 30 por cento superior à registrada em 2014, com 64 gigawatts em eólicas e 57 gigawatts em usinas solares fotovoltaicas comissionadas no ano passado.

O aumento aconteceu mesmo com uma queda nos preços do petróleo e do gás natural, com a economia da Europa ainda enfraquecida e com o fortalecimento do dólar, que reduziu o valor de investimentos em outras moedas.

"Esses números são uma resposta impressionante a todos que esperavam que o investimento em energia limpa fosse estagnar com a queda dos preços de petróleo e gás", disse o presidente do conselho consultivo da Bloomberg New Energy Finance, Michael Liebreich.

"Os dados destacam a cada vez maior competitividade da energia solar e eólica, guiada em parte pelo movimento de muitos países para ampliar a capacidade por leilões reversos ao invés de com tarifas vantajosas, uma mudança que coloca os produtores sob constante pressão de preço", disse.

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