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Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 16h21.
La Paz - O investimento em petróleo na Bolívia realizado pelo Estado e empresas privadas se situou este ano em US$ 1,593 bilhão, 23% a mais que em 2011, informou nesta quarta-feira a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
O presidente de YPFB, Carlos Villegas, indicou em entrevista coletiva que a matriz dessa empresa e suas subsidiárias investiram US$ 986 milhões e as companhias privadas outros US$ 607 milhões.
Na Bolívia, operam, entre outras, a Petrobras, a espanhola Repsol YPF, a franco-belga TotalFinaElf e a britânica British Gas, algumas delas associadas com a YPFB.
Desde maio de 2006, quando o presidente boliviano, Evo Morales, decretou a nacionalização de várias empresas e deu a YPFB o controle da cadeia produtiva, os investimentos estatais e privados somaram US$ 4,964 bilhões, frente ao US$ 1,855 bilhão do quinquênio prévio (2000-2005).
O investimento de 2011 foi de US$ 1,293 bilhão e o de 2010 quase não chegou a US$ 782 milhões, segundo dados oficiais.
A chegada de capitais foi encorajada pela necessidade de ampliar a produção para sortir os mercados argentino e brasileiro.
Para 2013, segundo dados da YPFB, se espera um investimento estatal e privado de US$ 2,168 bilhões, embora Villegas tenha dito hoje que o número definitivo será conhecido no próximo mês.
A YPFB realizou seus investimentos graças a empréstimos do Banco Central da Bolívia, mas hoje Villegas revelou que estuda junto ao Ministério da Economia e Finanças a possibilidade de emitir bônus internacionais.
Além disso, o Estado obterá em 2012 uma renda recorde da parte do setor petroleiro de mais de US$ 4,2 bilhões, frente aos US$ 2,989 bilhões da gestão passada, acrescentou.
Desde que em 2006 iniciou-se a nacionalização, a receita para o Estado por impostos, royalties, participações e patentes do setor somou US$ 16,778 bilhões.
Sobre as reservas de gás, Villegas anunciou que nos primeiros meses de 2014 será realizada uma nova certidão do volume dos reservatórios do país.
Em abril do ano passado, o Governo reconheceu oficialmente que as reservas eram de apenas 9,94 trilhões de pés cúbicos, um terço do que se imaginava oficialmente, mas depois sustentou que, com novas descobertas, esse número poderia subir a 13 trilhões.