EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - A indústria planeja expandir neste ano sua capacidade instalada em 14,6% em média. O percentual é o maior registrado em oito anos, como mostra pesquisa divulgada hoje (22) pela Fundação Getulio Vargas.
A Sondagem de Investimentos da Indústria revela que para o triênio 2010-2012, a projeção do setor é de expansão de 23,8%, maior do que a do ano passado para o triênio 2009-2010, de 21,2%. O percentual, no entanto, é inferior à projeção feita em 2008, de 25,1%.
O setor de bens de consumo, que inclui imóveis e veículos, teve a maior previsão de expansão, com média de 16%, considerada a mais favorável dos últimos cinco anos. Os setores de bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens intermediários (vestuário, calçados e alimentos) vieram a seguir, com previsões médias de 15,4% e 13,8%, respectivamente.
Para o período 2010-2012, a maior taxa média de investimentos em capacidade de produção também foi verificada no setor de bens de consumo, com 27,1%. Em bens de capital, a taxa passou de 17,1% em 2009 para 25,9% em 2010; enquanto em bens intermediários, a taxa prevista para este ano é de 21,7%, contra 19,9% no ano passado.
Entre as empresas pesquisadas, 80% delas consideraram o nível de demanda interna uma influência positiva para a realização de investimentos em 2010. Já 40% das indústrias informaram que a demanda externa seria um fator positivo para a previsão de investimentos.
Quanto às condições de financiamento neste ano, 42% das empresas entrevistadas previam como positiva, mostrando, assim, o melhor resultado da série da pesquisa. Já a taxa de juros foi indicada como influência positiva por 31% do mercado e negativa por 29%. Para a FGV, apesar das opiniões divididas, esta também é a melhor avaliação a respeito desta variável nos últimos quatro anos.
Para a realização da Sondagem de Investimentos da Indústria de janeiro/fevereiro de 2010, a Fundação Getulio Vargas ouviu 723 empresas entre os dias 4 de janeiro e 26 de fevereiro deste ano. Juntas, estas empresas somam um faturamento de R$ 460,3 bilhões e empregam 880 milhões de pessoas. O objetivo da pesquisa é fornecer sinalizações sobre o rumo dos investimentos produtivos no setor industrial.