Economia

Investimento com recursos próprios em 2012 recuará, diz CNI

A contrário da intenção das empresas, a expectativa pode ser frustrada, como ocorre todos os anos, devido à dificuldade de acesso às fontes de financiamento

Em 2011, uma parcela de aproximadamente 60% do investimento das empresas ouvidas foi feita com recursos próprios (SXC.hu)

Em 2011, uma parcela de aproximadamente 60% do investimento das empresas ouvidas foi feita com recursos próprios (SXC.hu)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h42.

As empresas brasileiras esperam aumentar, em 2012, a participação de recursos de terceiros em seus investimentos e, dessa forma, alocar um porcentual menor do seu próprio capital. É o que apontou a pesquisa Investimentos na Indústria 2011, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje. A despeito da intenção das empresas, a própria CNI estima, no entanto, que essa expectativa deva ser frustrada, como ocorre todos os anos, devido à dificuldade de acesso às fontes de financiamento de longo prazo.

Em 2011, uma parcela de aproximadamente 60% do investimento das empresas ouvidas foi feita com recursos próprios. A expectativa dos entrevistados, no entanto, é de que essa participação recue para 52,9% em 2012. Em relação às fontes oficiais de crédito, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a previsão é de aumento na participação dos 21,8% verificados neste ano para 29,3% em 2012. A pesquisa da CNI foi realizada entre os dias 14 de outubro e 14 de novembro, com 592 empresas da indústria de transformação em todo o País, com 35 ou mais empregados.

O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que as empresas são sempre mais otimistas em relação ao acesso a outras fontes de financiamento, como recursos externos e emissões de ações, comparado, ao que se verifica efetivamente. Disse, ainda, que as medidas recentes do governo para baratear o crédito, especialmente o de longo prazo, contribuem para alterar esse cenário, mas que não espera mudanças significativas no curto prazo. "Essas medidas estão na direção correta, mas ainda não são a retomada do financiamento privado de longo prazo", afirmou.

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