Economia

Investigações dominam dia na Antártida, diz embaixador

Dois dias depois do incêndio que destruiu a Estação Comandante Ferraz, as autoridades brasileiras também homenageiam os dois militares mortos

O embaixador do Brasil no Chile, Frederico Cezar de Araujo: "há informações preliminares que houve uma falha no sistema elétrico" (Wilson Dias/ABr)

O embaixador do Brasil no Chile, Frederico Cezar de Araujo: "há informações preliminares que houve uma falha no sistema elétrico" (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 13h03.

Brasília – Dois dias depois do incêndio que destruiu a Estação Comandante Ferraz, na Antártida, as autoridades brasileiras homenageiam os dois militares mortos e intensificam as investigações sobre as causas do acidente. O embaixador do Brasil no Chile, Frederico Cezar de Araujo, disse à Agência Brasil (ABr) que as apurações preliminares indicam que uma falha no sistema elétrico gerou o incêndio na base. Independentemente das causas do acidente, o diplomata reiterou que a ordem da presidente Dilma Rousseff é começar “o mais rápido possível” o trabalho de reconstrução da estação.

A seguir, os principais trechos da entrevista de Araujo à Agência Brasil.

Agência Brasil – Pouco mais de 48 horas após o incêndio, como está a situação na estação brasileira na Antártica?
Frederico Araujo – É praticamente impossível permanecer na Estação Comandante Ferraz, por isso monitoramos da estação chilena, que é bem próxima. Conseguimos retirar os pesquisadores, militares e funcionários que lá estavam e que já chegaram ao Brasil [cerca de 40 pessoas retornaram nesta madrugada ao Brasil]. Por ordem da presidente Dilma Rousseff, será reconstruída a base o mais rápido possível.

ABr – Já há informações sobre as causas do incêndio?
Araujo – Um inquérito será aberto e conduzido pelo Ministério da Defesa. Mas há informações preliminares que houve uma falha no sistema elétrico [na base brasileira de pesquisas científicas]. Ao que tudo indica, houve um defeito. Infelizmente, havia duas pessoas [que morreram] no local. Mas, por sorte, a maioria [cerca de 60] conseguiu se salvar.

ABr – A presidente Dilma Rousseff destacou o heroísmo dos militares brasileiros. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha, que morreram, receberão homenagens do governo?
Araujo – Ainda nesta manhã faremos uma homenagem aos dois militares, na base de pesquisas do Chile, de onde os corpos serão transportados pelo Hércules C-130 para o Brasil. Antes da partida, o suboficial e o sargento receberão nossas homenagens. A previsão é que o avião com os corpos chegue ao Brasil entre hoje [27] à noite e amanhã [28], tudo depende das condições do tempo.

ABr – Em meio à tragédia, o senhor disse que houve também muita solidariedade, como?
Araujo – Sem dúvida alguma. Houve apoio dos chilenos, argentinos, uruguaios e também dos poloneses e de um médico russo. Vou agradecer a todos em nome do Brasil. A solidariedade em situações como essa é fundamental.

ABr – Quais são as próximas providências que serão tomadas?
Araujo – Ficarei aqui [na região de Punta Arenas, na Costa do Chile] até amanhã [28] para prestar o apoio que for necessário. O nosso ponto de apoio é a base de pesquisas do Chile, De lá monitoramos e tomamos as [eventuais] providências necessárias.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaIncêndiosMarinha

Mais de Economia

Secretário da Receita diz que prejuízo com reforma do IR é menor que R$ 5 bilhões por ano

Secretário de Haddad nega fuga de investimentos por cobrança sobre dividendos

Congresso terá de 'resistir aos lobbies' para mudar reforma tributária, diz Haddad

Congresso precisa resistir aos lobbies para ampliar exceções da reforma tributária, diz Haddad