Temer cumprimenta Mansueto: "o Brasil voltou a ser de novo um país importante na estratégia dos investidores", disse o secretário (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de março de 2017 às 16h36.
São Paulo - O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse nesta segunda-feira, 20, para uma plateia de 500 empresários presentes na posse do Conselho da Amcham que o ajuste econômico que o governo Temer está promovendo é lento e gradual.
"O ajuste é lento e gradual sim. Mas a boa notícia é que os investidores estão aceitando este ajuste gradual, que o Brasil anda terá déficit", observou o secretário.
Mansueto disse que é possível que o Brasil reúna superávit primário em suas contas a partir de 2019. A questão, de acordo com o secretário, é que a despeito do que se espera para as contas públicas para este e o próximo ano, o investidor está confiando nas medidas de cunho econômico adotadas pela equipe econômica.
"O Brasil voltou a ser de novo um país importante na estratégia dos investidores", disse o secretário, acrescentando ter mantido reuniões com investidores e que eles têm dado como certo que a agenda do governo Temer terá continuidade.
"Os investidores estão mais preocupados com a eleição de 2018 do que com as medidas que governo vai tomar", disse Mansueto, para quem o desafio é saber se depois de 2018 este ciclo vai continuar.
Mansueto citou algumas das medidas tomadas pelo governo federal que justificam a decisão dos investidores de recolocarem o Brasil em suas estratégias de investimentos.
Para uma plateia composta por empresários associados à Câmara Americana de Comércio, ele contou que uma das medidas é a interligação de sistemas para reduzir o processo de abertura e encerramento de empresas no País.
"Estamos interligando sistemas para reduzir a burocracia de abrir e fechar empresas no País", disse o secretário. Ele contou que projetos travados até agora já começam a andar, como os das áreas de petróleo e gás. Ele citou ainda a redução do conteúdo local para as áreas de petróleo e gás como outra medida que agradou até mesmo a Petrobras.
"Todo País tem conteúdo local de petróleo e gás, mas aqui era muito alto. Reduzir conteúdo local na área de petróleo e gás já foi uma revolução. O Brasil precisa ter regras parecidas com as do resto do mundo", disser Mansueto.