Economia

Intenção de financiamento dos paulistanos sobe 16,8% em novembro

Segundo a FecomercioSP, é normal a propensão dos consumidores a contrair crédito subir com a proximidade do Natal

Natal: na avaliação da entidade, a situação, apesar de ainda ruim, está caminhando para um quadro de normalidade (Divulgação)

Natal: na avaliação da entidade, a situação, apesar de ainda ruim, está caminhando para um quadro de normalidade (Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 22h26.

São Paulo - O índice da FecomercioSP que mede a intenção dos paulistanos de assumir novas dívidas registrou crescimento de 16,8% neste mês, na comparação com outubro.

Segundo a entidade, que representa o comércio e o setor de serviços de São Paulo, é normal a propensão dos consumidores a contrair crédito subir com a proximidade do Natal.

Da mesma forma, muita gente, em decorrência da crise, deve aproveitar recursos do décimo terceiro salário para fazer poupança ou quitar dívidas, o que pode aliviar o risco de crédito nos próximos meses.

Em novembro, o índice da Fecomercio que mede a segurança das operações de crédito - considerando, por exemplo, a proporção de famílias endividadas - voltou a subir, com alta de 7,1% na comparação com outubro, quando o indicador caiu à menor pontuação da série histórica.

Na avaliação da entidade, a situação, apesar de ainda ruim, está caminhando para um quadro de normalidade, sem permitir, contudo, que se apague a luz amarela do risco de inadimplência.

Na pesquisa, a Fecomercio ouviu 2,2 mil pessoas da cidade de São Paulo.

Segundo o levantamento, a proporção de famílias que pretendem tomar novos financiamentos voltou a crescer neste mês, atingindo quase 9% - ainda abaixo, contudo, do padrão histórico.

O crédito ainda não está atraente, apresentando riscos aos bancos, ao mesmo tempo em que os consumidores mantêm a posição cautelosa devido ao fantasma do desemprego.

A entidade aguarda ligeira elevação do endividamento devido à entrada do décimo terceiro salário e à percepção mais otimista em relação ao desempenho da economia em 2017.

Mesmo assim, a parcela de endividados tende, na avaliação da Fecomercio, a se manter em nível baixo nos próximos meses.

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