Economia

Intenção de consumo em SP piora em maio após crise política

Fecomercio calculou o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paulistanas em dois períodos do mês, antes e depois da crise política

Intenção de consumo: cenário político não permite mais garantir que as reformas e o direcionamento econômico se mantenham totalmente blindados e imutáveis (Stephen Chernin/Getty Images)

Intenção de consumo: cenário político não permite mais garantir que as reformas e o direcionamento econômico se mantenham totalmente blindados e imutáveis (Stephen Chernin/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de junho de 2017 às 11h40.

São Paulo - O quadro político conturbado no Brasil afetou negativamente a intenção de consumo dos paulistanos em maio, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), divulgada nesta quinta-feira.

Excepcionalmente, a entidade calculou o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paulistanas em dois períodos do mês, separados pela divulgação sobre a delação de executivos da JBS e da controladora J&F, envolvendo o presidente Michel Temer e outras lideranças políticas.

O ICC calculado a partir de entrevistas com 1,1 mil pessoas da capital paulista em 10 de maio - antes da delação - ficou em 78,8 pontos. Em novo levantamento no dia 25 de maio, após a delação, caiu para 76,7 pontos.

Apurado mensalmente, o índice varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100 satisfação em relação às condições de consumo.

Para a FecomercioSP, o cenário político não permite mais garantir que as reformas e o direcionamento econômico se mantenham totalmente blindados e imutáveis, portanto, há um aumento indesejado das incertezas.

"Embora o momento econômico pareça melhorar,...uma crise profunda e, principalmente, prolongada, pode abortar esse processo", avalia a entidade, em nota.

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