Economia

Intenção de consumo de duráveis deve continuar em queda

Além dos juros, a CNC considera que também a inflação deve prejudicar as vendas daqui em diante


	Pesquisa de consumo da CNC revelou a segunda queda consecutiva na intenção de consumo das famílias, na comparação anual, de 23,8%
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Pesquisa de consumo da CNC revelou a segunda queda consecutiva na intenção de consumo das famílias, na comparação anual, de 23,8% (.)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2015 às 13h59.

Rio de Janeiro - As perspectivas para o comércio de bens duráveis seguirão negativas neste ano, segundo a assessora econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Juliana Sarapio. Em junho, a intenção de compra de duráveis caiu 38,4% na comparação anual.

E, diante da tendência de continuidade do ciclo de alta da Selic nos próximos meses, o esperado é que o índice permaneça caindo, afirmou a economista.

Além dos juros, a CNC considera que também a inflação deve prejudicar as vendas daqui para frente. Por isso, revisou a projeção de desempenho do comércio neste ano de -0,4% para -1,1%. "Na verdade, a projeção anterior estava muito otimista", disse Juliana. O porcentual diz respeito à Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Existe uma visão pessimista para os próximos seis meses", acrescentou a economista da CNC. Até mesmo os quesitos relativos ao emprego, que têm contribuído positivamente na formação do índice de Intenção do Consumo das Famílias (ICF), tendem a piorar, de acordo com a confederação.

A perspectiva é de que entrem na zona negativa em breve. "O número de vagas está caindo e vai se refletir nos quesitos relativos ao emprego", afirmou.

Pesquisa de consumo da CNC divulgada nesta quinta-feira, 18, revelou a segunda queda consecutiva na intenção de consumo das famílias, na comparação anual. Em junho, a queda foi de 23,8%.

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