Economia

Intenção de consumo das famílias sobe 3% em novembro, diz CNC

Resultado mostra o maior nível desde julho de 2015, quando o ICF estava em 81,8 pontos

Comércio: apesar da alta, o ICF continua abaixo da zona de indiferença (a marca de 100 pontos), o que indica lenta recuperação do otimismo das famílias (./Exame)

Comércio: apesar da alta, o ICF continua abaixo da zona de indiferença (a marca de 100 pontos), o que indica lenta recuperação do otimismo das famílias (./Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 11h13.

Rio de Janeiro - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 3,0% na passagem de outubro para novembro, atingindo 80,2 pontos.

É o maior nível desde julho de 2015, quando o ICF estava em 81,8 pontos, informou nesta terça-feira, 28, a CNC. Em relação a novembro de 2016, o índice cresceu 7,9%.

"A trajetória favorável da inflação, aliada a um leve recuo do custo do crédito e retomada da massa salarial, vem liberando uma fatia maior do orçamento das famílias para o consumo", diz o economista Bruno Fernandes, em um trecho da nota divulgada pela CNC.

Apesar da alta, o ICF continua abaixo da zona de indiferença (a marca de 100 pontos), o que indica lenta recuperação do otimismo das famílias.

O único subitem do indicador acima da zona dos 100 pontos é o componente Emprego Atual, que registrou 108,8 pontos, alta de 1,3% na comparação com o mês anterior. Em relação a novembro do ano passado, a alta foi de 3,0%.

"O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 32,9%, ante 31,7% em outubro", diz a nota da CNC.

As altas foram mais elevadas nos subitens que estão em patamares mais deprimidos. O componente Nível de Consumo Atual atingiu 56,1 pontos, alta de 2,9% sobre outubro e de 14,7% ante novembro de 2016. A Perspectiva de Consumo ficou em 77,6 pontos, aumento de 6,0% em relação a outubro e de 21,7% sobre novembro de 2016.

Diante dos dados de confiança, a CNC informou que revisou sua projeção para o volume de vendas do varejo ampliado em 2017. Antes, a estimativa apontava para uma alta de 2,8%. Agora, economistas da entidade esperam elevação de 3,7%. Se confirmado, será o primeiro crescimento das vendas do varejo desde 2013.

"Esse cenário se baseia na percepção de que a inflação deverá permanecer livre de pressões neste ano, permitindo que as taxas de juros mantenham a trajetória de queda. Os leves sinais de recuperação do mercado de trabalho deverão contribuir para elevar o grau de confiança dos consumidores nos próximos meses, dando sustentabilidade ao ritmo de crescimento das vendas", diz a nota da CNC.

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