Economia

Intenção de consumo das famílias permanece estável

Segundo a CNC, comparada a setembro do ano passado, a intenção de consumo das famílias caiu 0,3% neste mês


	Pessoas fazem compra em supermercado: os indicadores relacionados ao consumo apresentaram alta
 (Philippe Huguen/AFP)

Pessoas fazem compra em supermercado: os indicadores relacionados ao consumo apresentaram alta (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 11h52.

Rio de Janeiro – Comparada a setembro do ano passado, a intenção de consumo das famílias caiu 0,3%, segundo pesquisa divulgada hoje (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O índice anual é utilizado pelos economistas porque compara mesmo período de um ano e outro, permitindo projeções consideradas mais precisas.

Este ano, a Região Sul apresentou a maior alta: 7,8%. A Região Norte também mostrou leve aumento, 0,1%. As demais regiões sofreram queda na intenção de consumo: Centro-Oeste (-6,5%), Nordeste (-0,7%) e Sudeste (-0,1%).

“O nível de inadimplência e o comprometimento da renda com serviço da dívida comprometem o consumo. No entanto, estes números mostram sinais de estabilidade, então, a gente espera um sinal positivo para a frente”, disse o economista da CNC Bruno Fernandes.

Entre os indicadores que compõem o índice de intenção de consumo das famílias foram observadas quedas naqueles relacionados ao mercado de trabalho: segurança em relação ao emprego atual (-1,9%), perspectiva profissional (-6%) e renda (-0,6%).

“Os componentes relacionados ao mercado de trabalho apontam defasagem em relação ao cenário econômico. A desaceleração da economia nos últimos meses faz com que as famílias se sintam menos seguras em relação ao emprego. Isso não quer dizer que houve uma deterioração do mercado de trabalho. O mercado de trabalho mostra cenário favorável”, afirmou.

O economista destaca que todos os componentes relacionados ao consumo exibem alta: intenção de compra a prazo (2,3%), de nível de consumo atual (3,6%), perspectiva de consumo (1,2%) e momento para duráveis (0,3%).

“Isso mostra que a perspectiva de recuperação da economia vai caminhar mais forte neste segundo semestre. E pode ser concretizada, a partir dessa maior intenção do consumo”, disse.

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