Economia

Intenção de consumo das famílias paulistanas cai em junho

Queda chegou a 15,1%, de acordo com pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo


	Consumo: Índice de Intenção de consumo das Famílias caiu 2,5% em junho
 (Fabrice Dimier/Bloomberg)

Consumo: Índice de Intenção de consumo das Famílias caiu 2,5% em junho (Fabrice Dimier/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 12h54.

São Paulo - O índice de Intenção de Consumo das Famílias caiu 2,5%, fechando junho em 110,8 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2013, a queda chegou a 15,1%, de acordo com pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Para os economistas da FecomercioSP, as altas taxas de inflação têm pressionado o orçamento doméstico. “Além disso, o temor em relação ao futuro – provocado pelo crescimento mais modesto da renda – e a geração de empregos contribuem para segurar o consumo dos paulistanos”, informa a FecomercioSP. A falta de água em alguns bairros e a ocorrência recente de paralisações no transporte público (ônibus e metrô) também justificam o mau humor atual dos paulistanos e contribuem para a redução no consumo.

De todas as categorias que fazem parte do indicador, apenas acesso ao crédito avançou de maio para junho (0,9%), atingindo os 133,7 pontos. A avaliação de momento para duráveis foi a que mais caiu (8,3%), aos 87,5 pontos, seguida do recuo de 3,8% da perspectiva de consumo, com os 103,8 pontos registrados em junho. O nível de consumo atual apresentou diminuição de 0,5% no período, batendo os 86 pontos.

O quesito emprego atual registrou queda de 1,5% e fechou junho com 125,9 pontos, o renda atual caiu 2,3%, ao alcançar 126,9 pontos, e o perspectiva profissional, com decréscimo de 2,9%, atingiu 112 pontos. Esses percentuais também contribuíram para a negatividade do índice.

Para os próximos meses, a expectativa da FecomercioSP é que continue a tendência de declínio do índice, na medida em que não se percebe sinais de melhora no cenário econômico brasileiro em curto prazo, além de uma "ressaca" após a Copa do Mundo de Futebol.

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