Economia

Intenção de consumo das famílias paulistanas cai

O índice caiu ao menor nível dos últimos três anos


	Economia: para a Fecomercio, apesar de ter ocorrido um recuo nas taxas de juros, o consumidor está mais cauteloso na busca por crédito e em assumir dívidas de longo prazo.
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Economia: para a Fecomercio, apesar de ter ocorrido um recuo nas taxas de juros, o consumidor está mais cauteloso na busca por crédito e em assumir dívidas de longo prazo. (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 13h47.

São Paulo – O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), diminuiu 0,9% em fevereiro, atingindo 135,5 pontos. É a nona queda em 12 meses e a pontuação mais baixa desde 2010.

O fator que mais influenciou o resultado é a insatisfação dos consultados com o nível de consumo atual, que sofreu uma redução de 6,3% na comparação com janeiro e chegou a 97,4 pontos. De acordo com a FecomercioSP, essa medição mostra que a maior parte das famílias está gastando menos do que em igual período do ano passado.

Um dos principais motivos é a inflação, que reduziu o poder de compra e afetou sobretudo o consumo de alimentos, com alta de 11% no período de janeiro de 2012 a janeiro de 2013, bem acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com aumento de 6,2%.

No quesito satisfação com a renda, houve queda de 1,2%, com 151,8 pontos. Em relação à perspectiva de consumo, a medição indicou alta de 5,7%, com 126,4 pontos. Na avaliação da FecomercioSP, o pagamento das contas típicas de começo do ano levou à redução da intenção do consumo, mas a entidade prevê uma retomada para os próximos meses.

Para a Fecomercio, apesar de ter ocorrido um recuo nas taxas de juros, o consumidor está mais cauteloso na busca por crédito e em assumir dívidas de longo prazo. Foi constatada retração de 7% no nível de satisfação com o acesso ao crédito, que atingiu 151,1 pontos.

Já no quesito emprego atual, houve queda de 2,3%. No que se refere à perspectiva profissional, a retração chegou a 4,3%, o que é atribuído a incertezas no cenário econômico. Além disso, a entidade aponta que o reajuste da gasolina e o fim dos estímulos fiscais por meio de descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vão influir na queda do ICF.

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