Ben S. Bernanke, chairman do Federal Reserve, discursa durante conferência de imprensa após reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, Dezembro do ano passado (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 16h29.
Quando integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, debateram a decisão de reduzir o programa de estímulos no mês passado, eles procuraram traçar um caminho delicado.
A ata da reunião de 18 e 19 de dezembro do Fomc, divulgada nesta quarta-feira, mostrou que muitos integrantes do comitê defenderam proceder com cautela na redução das compras de títulos, e a maioria quis destacar que novas reduções não estão em trajetória definida.
O Fed acabou surpreendendo muitos investidores ao decidir reduzir em 10 bilhões de dólares, para 75 bilhões de dólares ao mês, ainda um agressivo esforço para pavimentar o caminho para investimento, contratações e crescimento econômico.
Alguns dos 10 integrantes com poder de voto "expressaram preocupação com a possibilidade de aperto involuntário das condições financeiras se a redução nas compras de ativos fosse interpretada como sinalização de que o comitê provavelmente vai retirar a medida expansionista mais rapidamente do que o esperado", segundo a ata.
Consequentemente, muitos integrantes julgaram que o comitê deveria proceder cautelosamente ao fazer a primeira redução no ritmo. E que deveria indicar que mais reduções serão adotadas em passos medidos.
Eles também quiseram destacar ao público que novas reduções não estão em "trajetória definida" e dependem de progresso no mercado de trabalho e na inflação. O corte no programa também depende da eficácia do programa nos próximos meses.
A maioria dos integrantes mostrou-se confiante o suficiente na perspectiva para o mercado de trabalho para considerar a redução das compras de títulos como apropriada, mostrou a ata.